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Ezequiel, Uísquiel e a Universidade de Minnesota

Ezequiel, Uísquiel e a Universidade de Minnesota

Estou tentando fazer um mapa histórico com os personagens recentes de São Gonçalo. No meio de uma pesquisa, encontrei algumas referências sobre nosso ex-prefeito, Edson Ezequiel de Matos. Tenho 26 anos e acompanhei pouco do seu mandato. Só lembro dos “mutirões” e de como o apelidaram carinhosamente: “Uísquiel”. Na época, era super legal chamar o prefeito de cachaceiro. Mas o tempo é bom, permitindo que nós possamos mudar de ideia.

Nosso ex-prefeito tem um currículo memorável. É um acadêmico super respeitado dentro da Engenharia e da Economia. Para quem não sabe, segue seu currículo abaixo:

Edson Ezequiel de Matos é formado em Engenharia pela UFF; Mestre em Ciências pela Universidade de Minnesota (EUA); Pós-graduação em Sistema Financeiro e Mercado de Capitais pela FGV; participou do Programa Internacional de Administração Pública Comparada pela Universidade de Nova York; e foi Coordenador Geral e Professor dos Cursos de Pós-Graduação da Petrobras.

Sim caros amigos, nosso Ex-Prefeito é um cara relevante para o mundo acadêmico no país. Olhando o orçamento de São Gonçalo na época, era realmente impossível fazer uma boa gestão. Mesmo assim, escuto de muita gente que Ezequiel, no seu primeiro mandato, foi fundamental para aprofundar o desenvolvimento de São Gonçalo como cidade.

Todos sabem que não tenho nenhuma simpatia pelo atual partido de Ezequiel, o PMDB. Acho que é um partido que costuma ter uma gestão relativamente funcional, mas que não consegue avançar em nada na redução de desigualdades.

Essa publicação não tem nenhuma proposição política. Mesmo que Ezequiel fosse candidato hoje, não votaria nele. O que venho dizer é que conhecemos muito pouco de nossa história e só absorvemos a parte “pejorativa” dos personagens locais.

Por não registrar sua memória, São Gonçalo ficou com o Uísquiel, enquanto o mundo acadêmico tem um dos maiores profissionais de Engenharia e Economia do Estado do Rio de Janeiro. Conhecemos pouco da nossa história e até mesmo dos nossos prefeitos.

Talvez a centralidade do texto seja justamente a memória. Somos uma cidade sem memória, sem registro e sem comparação de anos anteriores. A falta de registros biográficos faz com que as novas gerações só recebam as informações pejorativas dos Prefeitos, Vereadores, Secretários, Artistas, Produtores Culturais, Empresários, etc. Não to falando se a pessoa foi uma boa pessoa ou não, mas estou falando sobre sua memória. É isso que constrói uma cidade e começamos a fazer isso a muito pouco tempo.

Romário Régis
Romário Régishttp://agenciapapagoiaba.com/
Romario Regis é diretor da agência Papagoiaba, dedicada à produção e comunicação de conteúdo que dê visibilidade para as potências socioculturais do Leste Fluminense.

Estou tentando fazer um mapa histórico com os personagens recentes de São Gonçalo. No meio de uma pesquisa, encontrei algumas referências sobre nosso ex-prefeito, Edson Ezequiel de Matos. Tenho 26 anos e acompanhei pouco do seu mandato. Só lembro dos “mutirões” e de como o apelidaram carinhosamente: “Uísquiel”. Na época, era super legal chamar o prefeito de cachaceiro. Mas o tempo é bom, permitindo que nós possamos mudar de ideia.

Nosso ex-prefeito tem um currículo memorável. É um acadêmico super respeitado dentro da Engenharia e da Economia. Para quem não sabe, segue seu currículo abaixo:

Edson Ezequiel de Matos é formado em Engenharia pela UFF; Mestre em Ciências pela Universidade de Minnesota (EUA); Pós-graduação em Sistema Financeiro e Mercado de Capitais pela FGV; participou do Programa Internacional de Administração Pública Comparada pela Universidade de Nova York; e foi Coordenador Geral e Professor dos Cursos de Pós-Graduação da Petrobras.

Sim caros amigos, nosso Ex-Prefeito é um cara relevante para o mundo acadêmico no país. Olhando o orçamento de São Gonçalo na época, era realmente impossível fazer uma boa gestão. Mesmo assim, escuto de muita gente que Ezequiel, no seu primeiro mandato, foi fundamental para aprofundar o desenvolvimento de São Gonçalo como cidade.

Todos sabem que não tenho nenhuma simpatia pelo atual partido de Ezequiel, o PMDB. Acho que é um partido que costuma ter uma gestão relativamente funcional, mas que não consegue avançar em nada na redução de desigualdades.

Essa publicação não tem nenhuma proposição política. Mesmo que Ezequiel fosse candidato hoje, não votaria nele. O que venho dizer é que conhecemos muito pouco de nossa história e só absorvemos a parte “pejorativa” dos personagens locais.

Por não registrar sua memória, São Gonçalo ficou com o Uísquiel, enquanto o mundo acadêmico tem um dos maiores profissionais de Engenharia e Economia do Estado do Rio de Janeiro. Conhecemos pouco da nossa história e até mesmo dos nossos prefeitos.

Talvez a centralidade do texto seja justamente a memória. Somos uma cidade sem memória, sem registro e sem comparação de anos anteriores. A falta de registros biográficos faz com que as novas gerações só recebam as informações pejorativas dos Prefeitos, Vereadores, Secretários, Artistas, Produtores Culturais, Empresários, etc. Não to falando se a pessoa foi uma boa pessoa ou não, mas estou falando sobre sua memória. É isso que constrói uma cidade e começamos a fazer isso a muito pouco tempo.

Romário Régis
Romário Régishttp://agenciapapagoiaba.com/
Romario Regis é diretor da agência Papagoiaba, dedicada à produção e comunicação de conteúdo que dê visibilidade para as potências socioculturais do Leste Fluminense.

3 COMENTÁRIOS

  1. Nem com todo esse currículo foi capaz de fazer algo que prestasse pela cidade. Aliás São Gonçalo é um reflexo vivo dos seus governantes.

  2. Lembro na época em que fui prestar serviços à Petrobrás, em 1985, o Edson Ezequiel de Mattos ainda era o Chefe da antiga Divisão de Ensino da Petrobrás e sempre soube desta “fama de pé de cana” pelos setores onde eu passava.

    Lembro que se afastou em 1986 e recebia muitas correspondências endereçadas à ele no protocolo onde trabalhava e encaminhava para alguém, que não me lembro mais o nome.

    Apesar disto, não posso reclamar muito de sua gestão em São Gonçalo. Lembro, que os corredores viários de São Gonçalo entre Neves à Alcântara era uma escuridão só e muita sujeira, porém, conseguiu dar uma “melhorada” no aspecto destes corredores, asfaltou alguns bairros, conseguiu dá uma cara melhor ao município.

    Após a sua saída, São Gonçalo, sua esposa Graça Mattos assumiu a prefeitura, manteve a cidade como o marido deixou, porém, após sua saída, SG voltou a ser o que sempre foi e ainda é hoje.
    Precisamos de prefeitáveis decentes, competentes, comprometidos no município, pois, do jeito que está, voltaremos à idade da pedra.

    • Oi, Fernando.
      Agradecemos o depoimento. Ter por aqui quem presenciou a história é uma ótima recompensa para nós.

      De fato, talvez Ezequiel tenha sido um dos últimos gestores de São Gonçalo com uma qualificação um pouco acima da média.

      A Graça nunca assumiu a prefeitura, além de ter tentado bastante e não ter a mesma qualificação do esposo. Enfim, a cidade ainda aguarda novos quadros que possam ser eleitos.

      Novamente, obrigado pelo comentário.
      Abraços.

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  1. Nem com todo esse currículo foi capaz de fazer algo que prestasse pela cidade. Aliás São Gonçalo é um reflexo vivo dos seus governantes.

  2. Lembro na época em que fui prestar serviços à Petrobrás, em 1985, o Edson Ezequiel de Mattos ainda era o Chefe da antiga Divisão de Ensino da Petrobrás e sempre soube desta “fama de pé de cana” pelos setores onde eu passava.

    Lembro que se afastou em 1986 e recebia muitas correspondências endereçadas à ele no protocolo onde trabalhava e encaminhava para alguém, que não me lembro mais o nome.

    Apesar disto, não posso reclamar muito de sua gestão em São Gonçalo. Lembro, que os corredores viários de São Gonçalo entre Neves à Alcântara era uma escuridão só e muita sujeira, porém, conseguiu dar uma “melhorada” no aspecto destes corredores, asfaltou alguns bairros, conseguiu dá uma cara melhor ao município.

    Após a sua saída, São Gonçalo, sua esposa Graça Mattos assumiu a prefeitura, manteve a cidade como o marido deixou, porém, após sua saída, SG voltou a ser o que sempre foi e ainda é hoje.
    Precisamos de prefeitáveis decentes, competentes, comprometidos no município, pois, do jeito que está, voltaremos à idade da pedra.

    • Oi, Fernando.
      Agradecemos o depoimento. Ter por aqui quem presenciou a história é uma ótima recompensa para nós.

      De fato, talvez Ezequiel tenha sido um dos últimos gestores de São Gonçalo com uma qualificação um pouco acima da média.

      A Graça nunca assumiu a prefeitura, além de ter tentado bastante e não ter a mesma qualificação do esposo. Enfim, a cidade ainda aguarda novos quadros que possam ser eleitos.

      Novamente, obrigado pelo comentário.
      Abraços.

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