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Vereadores traíram o povo gonçalense

Vereadores traíram o povo gonçalense

A Câmara de Vereadores de São Gonçalo era a única esperança de defesa dos interesses do povo, que sofre com a má administração de um prefeito indiferente. Mas, no dia 20 de junho de 2015, até os gonçalenses mais otimistas se sentiram desamparados: o jornal A Tribuna publicou que a Câmara gastará mais de R$ 600 mil em aluguel de veículos no próximo semestre.

Indivíduos que ganham pelo menos R$ 15 mil por mês terão à sua disposição um carro alugado com dinheiro público, em uma cidade onde a renda per capita é inferior a um salário mínimo. Traição. Uso da máquina pública em benefício próprio.

Dezessete carros populares poderiam ser adquiridos com o dinheiro do aluguel. Se eventualmente o trabalho dos vereadores exige o uso de veículos, a Câmara poderia comprar dois ou três e cedê-los aos parlamentares mediante agendamento e real necessidade. Para o trabalho ordinário, no entanto, que os nobres vereadores utilizem o próprio carro ou o ineficiente e desconfortável transporte público nos seus deslocamentos, pois é apenas com ele que o cidadão comum pode contar.

Ao favorecer a si mesma, a Câmara despreza os gonçalenses que andam quilômetros na lama ao sair de casa para trabalhar até encontrar a primeira linha de ônibus. E ainda que este benefício injusto seja herança da legislatura anterior, os vereadores demonstrariam alguma honestidade ao acatar uma das seguintes opções: cancelar o contrato com a locadora e pagar a multa rescisória com o próprio salário, ou ceder os veículos à Secretaria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, para o transporte exclusivo dos cidadãos com dificuldades de locomoção. Talvez assim recuperem parte da confiança do povo.

Os parlamentares, que viram as costas para esta aquisição desprezível, na verdade se contaminam com sua baixeza. Evitam o assunto, pois o encaram como intriga política. Cegos pela ambição, não se guiam pela ética e colocam a disputa pelo poder acima do bem-estar popular. Se legislassem para o povo, venceriam facilmente a disputa política, mas não veem o óbvio.

O povo gonçalense, traído, não tem representantes honestos. Quem acredita na ajuda divina ainda tem esperança.

Mário Lima Jr.
Mário Lima Jr.http://mariolimajr.com
Moro em São Gonçalo e toda semana escrevo sobre minha relação com a cidade.

A Câmara de Vereadores de São Gonçalo era a única esperança de defesa dos interesses do povo, que sofre com a má administração de um prefeito indiferente. Mas, no dia 20 de junho de 2015, até os gonçalenses mais otimistas se sentiram desamparados: o jornal A Tribuna publicou que a Câmara gastará mais de R$ 600 mil em aluguel de veículos no próximo semestre.

Indivíduos que ganham pelo menos R$ 15 mil por mês terão à sua disposição um carro alugado com dinheiro público, em uma cidade onde a renda per capita é inferior a um salário mínimo. Traição. Uso da máquina pública em benefício próprio.

Dezessete carros populares poderiam ser adquiridos com o dinheiro do aluguel. Se eventualmente o trabalho dos vereadores exige o uso de veículos, a Câmara poderia comprar dois ou três e cedê-los aos parlamentares mediante agendamento e real necessidade. Para o trabalho ordinário, no entanto, que os nobres vereadores utilizem o próprio carro ou o ineficiente e desconfortável transporte público nos seus deslocamentos, pois é apenas com ele que o cidadão comum pode contar.

Ao favorecer a si mesma, a Câmara despreza os gonçalenses que andam quilômetros na lama ao sair de casa para trabalhar até encontrar a primeira linha de ônibus. E ainda que este benefício injusto seja herança da legislatura anterior, os vereadores demonstrariam alguma honestidade ao acatar uma das seguintes opções: cancelar o contrato com a locadora e pagar a multa rescisória com o próprio salário, ou ceder os veículos à Secretaria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, para o transporte exclusivo dos cidadãos com dificuldades de locomoção. Talvez assim recuperem parte da confiança do povo.

Os parlamentares, que viram as costas para esta aquisição desprezível, na verdade se contaminam com sua baixeza. Evitam o assunto, pois o encaram como intriga política. Cegos pela ambição, não se guiam pela ética e colocam a disputa pelo poder acima do bem-estar popular. Se legislassem para o povo, venceriam facilmente a disputa política, mas não veem o óbvio.

O povo gonçalense, traído, não tem representantes honestos. Quem acredita na ajuda divina ainda tem esperança.

Mário Lima Jr.
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