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Água-viva alemã sambando com o tigre gonçalense

Água-viva alemã sambando com o tigre gonçalense

Independente do décimo primeiro lugar no carnaval 2015, nos olhos do tigre brilhou o amor de centenas de gonçalenses apaixonados na Sapucaí. Esses mesmos olhos também foram testemunhos de um não menos apaixonado, porém desengonçado, gordinho com nome de gringo fantasiado de água-viva nadando a favor da correnteza de alegria apoteótica.

Minha aventura para desfilar na escola de samba mais querida do gonçalense não começa na avenida. É, meu amigo leitor, vida de água-viva na Sapucaí não é fácil. Tive que passar por alguns estágios para cair no samba.

Tudo começou quando, faltando menos de duas semanas para o desfile, recebo o irrecusável convite. Porém, tinha uma missão a cumprir: não faltar a nenhum ensaio e ainda fazer um desfile técnico no Patronato antes do “à vera”. Moleza, não é? Poderia ser para qualquer um, mas pra mim, com uma tremenda inflamação no tendão de Aquiles, era missão impossível. A não ser como destaque em um carro alegórico. Eu, um verdadeiro Deus grego, seminu, rebolando em cima do carro alegórico? Não, isso não é pra mim! Prefiro me entupir de Alginac 1000 e rezar pra fazer efeito e não mancar na avenida.

Estava eu, uma hora antes do combinado, cheio de antiinflamatório nas ideias, prontinho para ensaiar. Antes, o combinado era passar na administração da escola para tirar minhas medidas, número do calçado e saber direitinho qual seria a minha ala. Olhei no cantinho esquerdo, assim que passam as roletas, vi uma portinha escrita “administração” e fui entrando. Dou uma olhadinha nos olhos do sujeito que está na porta e cumprimento com a cabeça, como se o visse todos os dias. Essa técnica eu já usava adolescente, quando entrava de penetra em festas que não era convidado. Bom, voltando a salinha da administração, vejo uma escada caracol. Dando pala de atleta, subo rapidamente para marcar presença, mesmo com a dor no tendão.

– Boa noite, meu nome é Alex e fui convidado para fazer bonito na Sapucaí.

Ela ficou olhando pra minha cara por um tempo, sem esboçar nenhuma reação e apenas solta um: – Hã?

É, não fui feliz na minha primeira impressão. Mas não perco o rebolado: – Meu nome é Alex Wölbert e fui covidado para desfilar pela Porto da Pedra.

– Há, sim. Seu nome está aqui. Você coloca o tamanho de manequim aqui nesse papel e o seu número de calçado. A sua ala é vagalume. Procure a Adriana.

Aí, foi o meu momento pensador. Com cara de tacho, olhando pra ela, me passou pela cabeça como seria eu de vagalume na avenida. Depois de pensar e repensar em centésimos de segundos, relaxei e encarei o fato. Não seria menos ou mais macho ter o bumbum piscando na avenida. Assinei a fichinha, tasquei o Extra G para o tamanho da fantasia (melhor sobrar do que faltar) e fui procurar a tal Adriana.

Não foi difícil encontrá-la. Ela me recebeu muito bem e me deu todas as dicas para não fazer feio no desfile. Me entregou um papel com o samba-enredo e pediu para que decorasse o samba, pois conta muito a escola que conhece o samba de cor.

Não queria fazer feio. Antes de começar o ensaio, ainda dei uma lida no samba-enredo. “Há uma luz que nunca se apaga”, esse era o enredo. Bom, não é da Ampla que estão falando, pois se fosse, já teria pelo menos dado uma piscada ou pior, apagado de vez.

Indo ao ensaio técnico

Quando a bateria impôs seu ritmo e o interprete Anderson Paz começou a cantar o samba não deu pra ninguém. Me sacudi e não parei mais. É como uma sessão de relaxamento. Você esquece as contas para pagar e só pensa em se sacudir, cantarolando o samba. Aquela quarta-feira foi inesquecível. Saí da quadra surdinho e rouco, mas valeu muito a pena. Agora, era descansar para estar inteiro no ensaio técnico do Patronato, no domingo seguinte.

Estava marcado para às 20 horas. Como sempre, cheguei uma hora antes para o reconhecimento do terreno. Só começou mesmo às 22 horas, quando o caminhão com os instrumentos chegou. Aí, foi só alegria. Olha eu lá, sambando e acenando para a galera que curtia o ensaio ali, na Praça dos Ex-Combatentes, como se estivesse na Sapucaí. Estava concentradíssimo na transição da marcação, com o repique modulando a conversão, quando por mim passou uma morena de parar o transito e começou a rebolar olhando na minha cara. Não tem outra explicação, só pode ser o gabiroto tentando acabar com a harmonia da escola. Ou pior: com o meu casamento. Espero que a minha mulher não leia esse texto, mas puxei a morena pelas mãos e falei no seu ouvido.

– Você destrói com qualquer harmonia.

Ela sorri. E com a imponência de quem tem o rei na barriga fala: – Eu sei!

Um diretor de harmonia que nos acompanhava, viu a cena me chamou na chincha. Por sorte ou azar, sei lá, o tinhoso em pele de morena gostosa sumiu entre a ala. Pedi desculpas ao meu diretor e voltei a minha concentração para não fazer feio na Sapucaí.

Alex Wolbert com a Porto da Pedra na Sapucaí
Alex Wölbert com sua fantasia de “Água-Viva”, desfilando pela Porto da Pedra, na Marquês de Sapucaí. Carnaval 2015.

Minha estreia na Sapucaí

Ainda tive o último ensaio, mas não vou perder mais tempo. Vou direto ao ponto: aquele 14 de fevereiro de 2015, que vai ficar na memória para o resto da minha vida. Minha estreia na Marques de Sapucaí, desfilando pela a escola do meu coração. Nesse dia, também peguei a fantasia. Para minha surpresa, era água-viva e não mais um vagalume. Peguei o ônibus na quadra às 20 horas para desfilar as 2:30 da madrugada.

Nossa! Como a água-viva sofreu dentro daquele ônibus lotado, com um calor de assar. E, para piorar, chegando na Avenida Francisco Bicalho, um engarrafamento de não sair do lugar. Sofri! Mas depois de 2 horas naquele ônibus, cheguei na concentração marcada em frente ao prédio “Balança Mais não Cai”.

Marinheiro de primeira viagem, não sabia o que fazer. Abobalhado com a beleza dos carros alegóricos, fiquei mais perdido que cego em tiroteio. Seguindo o conselho do falecido velho guerreiro, de “quem não se comunica se trumbica”, cheguei até um ser iluminado que me orientou para que ficasse atrás do segundo carro. Ali, encontraria minhas companheiras águas-vivas. Por lá fiquei, mas nada da minha ala aparecer. Era uma solitária água-viva. Quanto mais o tempo passava, mais ficava preocupado em atravessar sozinho a avenida. Já ouvindo os fogos da entrada da escola, suspiro aliviado quando vejo aquele cardume de águas-vivas vindo em minha direção. Como aquele ataque que água-viva me fez bem!

Amigo leitor, tudo que eu disser no texto não será nem um décimo da emoção de atravessar a avenida. Inenarrável! Nada se compara. A alegria de estar ali, compartilhada com todos a minha volta, olhando para arquibancada lotada com pessoas acenando, me fazia acreditar que eu era o camisa 10, decidindo o jogo e o campeonato para o Porto da Pedra Futebol Clube, no campo do Cordeiro em Santa Izabel. Sim, isso mesmo! A escola de samba mais queria de São Gonçalo começou nos anos 70 como clube de futebol e já foi até campeão gonçalense, no ano de 1975. Em março de 1978, foi oficialmente registrado como um bloco de enredo chamado “Bloco Carnavalesco Porto de Pedra” e, 3 anos depois, em 1981, chegou à categoria de escola de samba.

Esperava que minha estreia na Sapucaí rendesse o título e a volta da escola para o grupo especial. Infelizmente, não foi assim que aconteceu. Mas uma coisa é certa: no próximo carnaval, estarei firme e forte, defendendo as cores vermelha e branca do tigre. Porque, ganhando ou não, com Alginac ou sem, a paixão pela escola é como no verso da letra do samba. É luz que nunca se apaga.

Alex Wölbert
Alex Wölberthttp://www.reciclaleitores.com.br
Nascido lá do outro lado da poça no bairro da Penha. Criança começou a se interessar por tecnologia e quando não dava curto na casa dos pais, ajudava a vizinhança e familiares consertando um rádio aqui uma TV ali. Formou-se em tecnologia pela UERJ, casou-se com a guerreira niteroiense Aline Lucas e mudou-se de mala e cuia para São Gonçalo com a sua filha Victoria. Apaixonado por história, ação social e principalmente pela cidade de São Gonçalo, começou a escrever crônicas para diversas mídias. Hoje divide seu tempo entre empresário de Tecnologia da Informação e o Projeto Recicla Leitores (www.reciclaleitores.com.br), um projeto de incentivo a leitura que toca junto com a sua família. Alex Wölbert também faz parte do grupo de colunistas que escrevem sobre Patrimônio Leste Fluminense para o Jornal Extra - Mais São Gonçalo.

Independente do décimo primeiro lugar no carnaval 2015, nos olhos do tigre brilhou o amor de centenas de gonçalenses apaixonados na Sapucaí. Esses mesmos olhos também foram testemunhos de um não menos apaixonado, porém desengonçado, gordinho com nome de gringo fantasiado de água-viva nadando a favor da correnteza de alegria apoteótica.

Minha aventura para desfilar na escola de samba mais querida do gonçalense não começa na avenida. É, meu amigo leitor, vida de água-viva na Sapucaí não é fácil. Tive que passar por alguns estágios para cair no samba.

Tudo começou quando, faltando menos de duas semanas para o desfile, recebo o irrecusável convite. Porém, tinha uma missão a cumprir: não faltar a nenhum ensaio e ainda fazer um desfile técnico no Patronato antes do “à vera”. Moleza, não é? Poderia ser para qualquer um, mas pra mim, com uma tremenda inflamação no tendão de Aquiles, era missão impossível. A não ser como destaque em um carro alegórico. Eu, um verdadeiro Deus grego, seminu, rebolando em cima do carro alegórico? Não, isso não é pra mim! Prefiro me entupir de Alginac 1000 e rezar pra fazer efeito e não mancar na avenida.

Estava eu, uma hora antes do combinado, cheio de antiinflamatório nas ideias, prontinho para ensaiar. Antes, o combinado era passar na administração da escola para tirar minhas medidas, número do calçado e saber direitinho qual seria a minha ala. Olhei no cantinho esquerdo, assim que passam as roletas, vi uma portinha escrita “administração” e fui entrando. Dou uma olhadinha nos olhos do sujeito que está na porta e cumprimento com a cabeça, como se o visse todos os dias. Essa técnica eu já usava adolescente, quando entrava de penetra em festas que não era convidado. Bom, voltando a salinha da administração, vejo uma escada caracol. Dando pala de atleta, subo rapidamente para marcar presença, mesmo com a dor no tendão.

– Boa noite, meu nome é Alex e fui convidado para fazer bonito na Sapucaí.

Ela ficou olhando pra minha cara por um tempo, sem esboçar nenhuma reação e apenas solta um: – Hã?

É, não fui feliz na minha primeira impressão. Mas não perco o rebolado: – Meu nome é Alex Wölbert e fui covidado para desfilar pela Porto da Pedra.

– Há, sim. Seu nome está aqui. Você coloca o tamanho de manequim aqui nesse papel e o seu número de calçado. A sua ala é vagalume. Procure a Adriana.

Aí, foi o meu momento pensador. Com cara de tacho, olhando pra ela, me passou pela cabeça como seria eu de vagalume na avenida. Depois de pensar e repensar em centésimos de segundos, relaxei e encarei o fato. Não seria menos ou mais macho ter o bumbum piscando na avenida. Assinei a fichinha, tasquei o Extra G para o tamanho da fantasia (melhor sobrar do que faltar) e fui procurar a tal Adriana.

Não foi difícil encontrá-la. Ela me recebeu muito bem e me deu todas as dicas para não fazer feio no desfile. Me entregou um papel com o samba-enredo e pediu para que decorasse o samba, pois conta muito a escola que conhece o samba de cor.

Não queria fazer feio. Antes de começar o ensaio, ainda dei uma lida no samba-enredo. “Há uma luz que nunca se apaga”, esse era o enredo. Bom, não é da Ampla que estão falando, pois se fosse, já teria pelo menos dado uma piscada ou pior, apagado de vez.

Indo ao ensaio técnico

Quando a bateria impôs seu ritmo e o interprete Anderson Paz começou a cantar o samba não deu pra ninguém. Me sacudi e não parei mais. É como uma sessão de relaxamento. Você esquece as contas para pagar e só pensa em se sacudir, cantarolando o samba. Aquela quarta-feira foi inesquecível. Saí da quadra surdinho e rouco, mas valeu muito a pena. Agora, era descansar para estar inteiro no ensaio técnico do Patronato, no domingo seguinte.

Estava marcado para às 20 horas. Como sempre, cheguei uma hora antes para o reconhecimento do terreno. Só começou mesmo às 22 horas, quando o caminhão com os instrumentos chegou. Aí, foi só alegria. Olha eu lá, sambando e acenando para a galera que curtia o ensaio ali, na Praça dos Ex-Combatentes, como se estivesse na Sapucaí. Estava concentradíssimo na transição da marcação, com o repique modulando a conversão, quando por mim passou uma morena de parar o transito e começou a rebolar olhando na minha cara. Não tem outra explicação, só pode ser o gabiroto tentando acabar com a harmonia da escola. Ou pior: com o meu casamento. Espero que a minha mulher não leia esse texto, mas puxei a morena pelas mãos e falei no seu ouvido.

– Você destrói com qualquer harmonia.

Ela sorri. E com a imponência de quem tem o rei na barriga fala: – Eu sei!

Um diretor de harmonia que nos acompanhava, viu a cena me chamou na chincha. Por sorte ou azar, sei lá, o tinhoso em pele de morena gostosa sumiu entre a ala. Pedi desculpas ao meu diretor e voltei a minha concentração para não fazer feio na Sapucaí.

Alex Wolbert com a Porto da Pedra na Sapucaí
Alex Wölbert com sua fantasia de “Água-Viva”, desfilando pela Porto da Pedra, na Marquês de Sapucaí. Carnaval 2015.

Minha estreia na Sapucaí

Ainda tive o último ensaio, mas não vou perder mais tempo. Vou direto ao ponto: aquele 14 de fevereiro de 2015, que vai ficar na memória para o resto da minha vida. Minha estreia na Marques de Sapucaí, desfilando pela a escola do meu coração. Nesse dia, também peguei a fantasia. Para minha surpresa, era água-viva e não mais um vagalume. Peguei o ônibus na quadra às 20 horas para desfilar as 2:30 da madrugada.

Nossa! Como a água-viva sofreu dentro daquele ônibus lotado, com um calor de assar. E, para piorar, chegando na Avenida Francisco Bicalho, um engarrafamento de não sair do lugar. Sofri! Mas depois de 2 horas naquele ônibus, cheguei na concentração marcada em frente ao prédio “Balança Mais não Cai”.

Marinheiro de primeira viagem, não sabia o que fazer. Abobalhado com a beleza dos carros alegóricos, fiquei mais perdido que cego em tiroteio. Seguindo o conselho do falecido velho guerreiro, de “quem não se comunica se trumbica”, cheguei até um ser iluminado que me orientou para que ficasse atrás do segundo carro. Ali, encontraria minhas companheiras águas-vivas. Por lá fiquei, mas nada da minha ala aparecer. Era uma solitária água-viva. Quanto mais o tempo passava, mais ficava preocupado em atravessar sozinho a avenida. Já ouvindo os fogos da entrada da escola, suspiro aliviado quando vejo aquele cardume de águas-vivas vindo em minha direção. Como aquele ataque que água-viva me fez bem!

Amigo leitor, tudo que eu disser no texto não será nem um décimo da emoção de atravessar a avenida. Inenarrável! Nada se compara. A alegria de estar ali, compartilhada com todos a minha volta, olhando para arquibancada lotada com pessoas acenando, me fazia acreditar que eu era o camisa 10, decidindo o jogo e o campeonato para o Porto da Pedra Futebol Clube, no campo do Cordeiro em Santa Izabel. Sim, isso mesmo! A escola de samba mais queria de São Gonçalo começou nos anos 70 como clube de futebol e já foi até campeão gonçalense, no ano de 1975. Em março de 1978, foi oficialmente registrado como um bloco de enredo chamado “Bloco Carnavalesco Porto de Pedra” e, 3 anos depois, em 1981, chegou à categoria de escola de samba.

Esperava que minha estreia na Sapucaí rendesse o título e a volta da escola para o grupo especial. Infelizmente, não foi assim que aconteceu. Mas uma coisa é certa: no próximo carnaval, estarei firme e forte, defendendo as cores vermelha e branca do tigre. Porque, ganhando ou não, com Alginac ou sem, a paixão pela escola é como no verso da letra do samba. É luz que nunca se apaga.

Alex Wölbert
Alex Wölberthttp://www.reciclaleitores.com.br
Nascido lá do outro lado da poça no bairro da Penha. Criança começou a se interessar por tecnologia e quando não dava curto na casa dos pais, ajudava a vizinhança e familiares consertando um rádio aqui uma TV ali. Formou-se em tecnologia pela UERJ, casou-se com a guerreira niteroiense Aline Lucas e mudou-se de mala e cuia para São Gonçalo com a sua filha Victoria. Apaixonado por história, ação social e principalmente pela cidade de São Gonçalo, começou a escrever crônicas para diversas mídias. Hoje divide seu tempo entre empresário de Tecnologia da Informação e o Projeto Recicla Leitores (www.reciclaleitores.com.br), um projeto de incentivo a leitura que toca junto com a sua família. Alex Wölbert também faz parte do grupo de colunistas que escrevem sobre Patrimônio Leste Fluminense para o Jornal Extra - Mais São Gonçalo.

1 COMENTÁRIO

  1. Alex, gostei muito desse texto. Você conta com facilidade e entusiasmo esse momento, me senti do mesmo jeito quando desfilei pela primeira vez pela Porto, estasiado, emocionado, feliz. Foi no ano do sapato, uma escola acolhedora, onde ninguém te olha com ar de superior. Amo esta escola, ano que vem estarei lá suando junto com nosso tigre, espero lhe ver nos ensaios. Abraços.

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  1. Alex, gostei muito desse texto. Você conta com facilidade e entusiasmo esse momento, me senti do mesmo jeito quando desfilei pela primeira vez pela Porto, estasiado, emocionado, feliz. Foi no ano do sapato, uma escola acolhedora, onde ninguém te olha com ar de superior. Amo esta escola, ano que vem estarei lá suando junto com nosso tigre, espero lhe ver nos ensaios. Abraços.

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