As notícias de setembro/2018 revelaram um cenário animador para o Rio de Janeiro. Pelo menos, financeiramente. O petróleo voltou a estar em alta. Após a movimentação dos árabes, somado ao imbróglio do embargo do Irã pelos EUA, o líquido preto que lubrifica as relações mundiais volta a se valorizar.
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Depois da greve dos caminhoneiros, os aumentos no diesel preocupam. Afinal, ninguém quer uma nova paralisação. Entretanto, é natural que haja variação dos valores nos combustíveis. Com o agravante do petróleo ser cotado em dólar, que anda bem valorizado frente o nosso real.
Porém… o Rio de Janeiro se anima.
Nosso estado tem se tornado dependente dos royalties, aquele dinheiro advindo da extração e produção. E com a alta nos preços, voltamos a ter alguma esperança de ver o dinheiro entrando. Consequentemente, vamos maquiando nossa gastança com as contas públicas desequilibradas.
Mas há alguém que talvez se beneficie bem desse cenário: nosso próximo governador.
Petróleo em alta ajuda na sensação de “bom governo”
Austeridade não uma palavra muito querida entre governos brasileiros. Afinal, como acreditam alguns políticos, “bom governo” se faz com gastos, não com contenção de despesas.
O estado brasileiro é altamente influente na vida das pessoas. E não estamos falando de bem-estar social, políticas de melhoria da educação, saúde e segurança. Estamos falando é de salários mesmo. Especialmente de obras públicas com empregos temporários e cargos comissionados, somados aos diversos pensionistas e servidores públicos.
Um governo com caixa cheio, é um governo feliz. Mesmo que essa grana venha de um produto tão finito e de preços tão instáveis, como o petróleo. Entretanto, ajuda a dar aumentos aos servidores, promover novos concursos e ajudar municípios nas políticas básicas de asfaltamento.
No governo Sérgio Cabral, o petróleo bateu recorde de preços. Os royalties inundaram o estado, ajudando ao governador, hoje um presidiário, ser reeleito ainda em primeiro turno para seu 2ª mandato.
E no próximo quadriênio, será que veremos o mesmo efeito?
Seja quem for o próximo governador, é possível que muitas dessas coisas que acontecem lá na península arábica afetem diretamente a imagem do gestor aqui, em terras fluminenses.