MENU

Cultura de rua e o Festival de Rap e Cultura de São Gonçalo

Cultura de rua e o Festival de Rap e Cultura de São Gonçalo

Em boates, casas de show e festas do Rio de Janeiro, vivia aquela energia da galera curtindo, dançando e se divertindo em espaços fechados, na grande maioria das vezes pagos. Sonhava com isso desde 1999, quando iniciei meus trabalhos como DJ. Ter um evento de música eletrônica em praça pública, gratuito e com a mesma energia das boates e festas particulares era um ideal. Assim, comecei minha busca por eventos e movimentos urbanos gratuitos, que ocupassem aparelhos públicos, como praças, afim de apenas proporcionar o mesmo prazer que sentia nos eventos que realizava, só que de forma mais natural, onde o público fosse por identificação e não apenas por diversão, como ocorria nas casas e festas.

Comecei a trabalhar para viabilizar essa ideia. Internet, amigos, DJ’s de vários gêneros, eventos de comunidade ou públicos que ocorriam nesse período, tudo era fonte de informação. Partindo dessas pesquisas, conheci os movimentos de hip-hop da Lapa e de muitos outros espalhados por todo o estado do Rio de Janeiro.

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Como todo DJ, meu trabalho era do início da noite até a manhã do dia seguinte, o que me limitava a frequentar esses eventos. Em 2009, resolvi que iria dar uma pausa na vida de dj e retornar a informática, profissão na qual tenho formação acadêmica.

Nessa nova trajetória sobrava mais tempo, com o qual conseguia, enfim, frequentar Rodas Culturais e demais movimentos independentes de Hip-Hop, seja incluindo os 4 elementos (DJ, MC, Bboy e Grafite) ou apenas 1 desses destacado, apresentando sua arte. Notei que nesses movimentos a energia era maior do que a que encontrava nas boates e festas pagas, que muita das vezes aparentavam ser “artificiais” demais, uma vez que pouca coisa inusitada ocorria.

Olhando para a cidade de São Gonçalo, onde nasci, fui criado e vivo até hoje, percebi o quão grande é o território e o quão mal aproveitado culturalmente ele é.

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Partindo dessa impressão sobre a cultura da cidade, busquei conhecer o que havia de movimentos culturais independentes e encontrei menos do que as duas mãos podem contar! Em um território tão grande, com tantas pessoas repletas de potenciais artísticos, estas não poderiam ficar sem voz, sem um local para apresentação e veiculação de seus trabalhos.

Em 2011, tentei implementar o “Som e Cultura”, antigo projeto no qual não tive apoio ou aprovação da Prefeitura de São Gonçalo, na gestão desse período. Sem alegação ou motivo algum, simplesmente, se opuseram.

Deixei o projeto guardado e continuei buscando uma nova forma de por o evento em São Gonçalo. Até que em 2013, surgiu a oportunidade de realizar o evento. Foi quando decidi, com mais uma pessoa, que realizaríamos um evento de Rap semanal, batizado de “Festival de Rap de São Gonçalo”, onde o próprio nome sugere, um festival só de rap.

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Mas aí vem a pergunta: Por que não uma Roda Cultural? A resposta é simples. Após frequentar inúmeras Rodas Culturais, notei que nelas, a cultura, em sua grande parte, era de Hip-Hop. Também em sua maioria não havia livros. Talvez por falta de incentivo de empresas e governo, e pela dificuldade de arrecadar doações e a mistura de gêneros e tribos, que é o que compõe o Brasil hoje.

Sentindo falta de mais culturas no Festival de Rap de São Gonçalo e com a saída voluntária da pessoa que ajudou na criação do evento em Agosto de 2013, me vi na necessidade de modificar o nome, nomes nas redes sociais e filosofia.

Nasce o Festival de Rap e Cultura, onde a ideia é ter a raiz do Hip-Hop somados com a distribuição de livros, já presente no antigo formato. Recital de poesias, filmes curta metragens e mistura de gêneros no palco. Um exemplo dessa mistura foi a apresentação de Ian Veras, artista Gonçalense, fazendo sua levada no violão o Yuri Bastos mandando no Beat Box e o apresentador Shes Macedo fazendo improvisação no microfone! A apresentação do curta metragem “Enquanto faço as unhas” do diretor Cristiano Requião, que concorreu em Cannes, o primeiro concurso “Garota Style” dentro do Festival e agora a primeira batalha de B-boys!

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Dia 28 de junho de 2014, o evento completou um ano de existência. Estamos na edição de número 50, sem contar edições especiais que aconteceram entre 2013 e 2014, uma dentro do evento Cores e Valores, o evento do mês da mulher, com apresentação da Taz Mureb e Mabu, a edição especial dentro do Quebra Coco Longboard 2, no Jardim Catarina e a edição especial em Cachoeiras de Macacu.

O Festival de Rap e Cultura de São Gonçalo, às sextas feiras, das 20 às 23 horas, na Praça da Trindade, São Gonçalo.

Paulo Xytake
Paulo Xytakehttp://www.360kestudio.com.br
Paulo Henrique do Nascimento, conhecido na cena musical como Dj Paulo Xytake ou Dj Xytake. 31 anos, casado pais de 2 filhos, Pedro Henrique 04 anos e Henrike 09 anos, formado em Ciências da Computação. Apaixonado por música, cultura e tecnologia, engajou na vida de Dj aos 16 anos, tendo como referência os dj´s que atuavam na cena de São Gonçalo, mais precisamente, do Porto Novo e Gradim. Aos 21 anos, iniciou seus trabalhos com a cultura de rua, em Nilópolis, Seropédica e Nova Iguaçú, levando a cultura de rua e demais culturas para essas regiões. Hoje, é idealizador e coordenador do Festival de Rap e Cultura de São Gonçalo, proprietário da 360k Estúdio e da equipe de sonorização Dj Xytake.

Em boates, casas de show e festas do Rio de Janeiro, vivia aquela energia da galera curtindo, dançando e se divertindo em espaços fechados, na grande maioria das vezes pagos. Sonhava com isso desde 1999, quando iniciei meus trabalhos como DJ. Ter um evento de música eletrônica em praça pública, gratuito e com a mesma energia das boates e festas particulares era um ideal. Assim, comecei minha busca por eventos e movimentos urbanos gratuitos, que ocupassem aparelhos públicos, como praças, afim de apenas proporcionar o mesmo prazer que sentia nos eventos que realizava, só que de forma mais natural, onde o público fosse por identificação e não apenas por diversão, como ocorria nas casas e festas.

Comecei a trabalhar para viabilizar essa ideia. Internet, amigos, DJ’s de vários gêneros, eventos de comunidade ou públicos que ocorriam nesse período, tudo era fonte de informação. Partindo dessas pesquisas, conheci os movimentos de hip-hop da Lapa e de muitos outros espalhados por todo o estado do Rio de Janeiro.

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Como todo DJ, meu trabalho era do início da noite até a manhã do dia seguinte, o que me limitava a frequentar esses eventos. Em 2009, resolvi que iria dar uma pausa na vida de dj e retornar a informática, profissão na qual tenho formação acadêmica.

Nessa nova trajetória sobrava mais tempo, com o qual conseguia, enfim, frequentar Rodas Culturais e demais movimentos independentes de Hip-Hop, seja incluindo os 4 elementos (DJ, MC, Bboy e Grafite) ou apenas 1 desses destacado, apresentando sua arte. Notei que nesses movimentos a energia era maior do que a que encontrava nas boates e festas pagas, que muita das vezes aparentavam ser “artificiais” demais, uma vez que pouca coisa inusitada ocorria.

Olhando para a cidade de São Gonçalo, onde nasci, fui criado e vivo até hoje, percebi o quão grande é o território e o quão mal aproveitado culturalmente ele é.

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Partindo dessa impressão sobre a cultura da cidade, busquei conhecer o que havia de movimentos culturais independentes e encontrei menos do que as duas mãos podem contar! Em um território tão grande, com tantas pessoas repletas de potenciais artísticos, estas não poderiam ficar sem voz, sem um local para apresentação e veiculação de seus trabalhos.

Em 2011, tentei implementar o “Som e Cultura”, antigo projeto no qual não tive apoio ou aprovação da Prefeitura de São Gonçalo, na gestão desse período. Sem alegação ou motivo algum, simplesmente, se opuseram.

Deixei o projeto guardado e continuei buscando uma nova forma de por o evento em São Gonçalo. Até que em 2013, surgiu a oportunidade de realizar o evento. Foi quando decidi, com mais uma pessoa, que realizaríamos um evento de Rap semanal, batizado de “Festival de Rap de São Gonçalo”, onde o próprio nome sugere, um festival só de rap.

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Mas aí vem a pergunta: Por que não uma Roda Cultural? A resposta é simples. Após frequentar inúmeras Rodas Culturais, notei que nelas, a cultura, em sua grande parte, era de Hip-Hop. Também em sua maioria não havia livros. Talvez por falta de incentivo de empresas e governo, e pela dificuldade de arrecadar doações e a mistura de gêneros e tribos, que é o que compõe o Brasil hoje.

Sentindo falta de mais culturas no Festival de Rap de São Gonçalo e com a saída voluntária da pessoa que ajudou na criação do evento em Agosto de 2013, me vi na necessidade de modificar o nome, nomes nas redes sociais e filosofia.

Nasce o Festival de Rap e Cultura, onde a ideia é ter a raiz do Hip-Hop somados com a distribuição de livros, já presente no antigo formato. Recital de poesias, filmes curta metragens e mistura de gêneros no palco. Um exemplo dessa mistura foi a apresentação de Ian Veras, artista Gonçalense, fazendo sua levada no violão o Yuri Bastos mandando no Beat Box e o apresentador Shes Macedo fazendo improvisação no microfone! A apresentação do curta metragem “Enquanto faço as unhas” do diretor Cristiano Requião, que concorreu em Cannes, o primeiro concurso “Garota Style” dentro do Festival e agora a primeira batalha de B-boys!

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Festival de Rap e Cultura São Gonçalo

Dia 28 de junho de 2014, o evento completou um ano de existência. Estamos na edição de número 50, sem contar edições especiais que aconteceram entre 2013 e 2014, uma dentro do evento Cores e Valores, o evento do mês da mulher, com apresentação da Taz Mureb e Mabu, a edição especial dentro do Quebra Coco Longboard 2, no Jardim Catarina e a edição especial em Cachoeiras de Macacu.

O Festival de Rap e Cultura de São Gonçalo, às sextas feiras, das 20 às 23 horas, na Praça da Trindade, São Gonçalo.

Paulo Xytake
Paulo Xytakehttp://www.360kestudio.com.br
Paulo Henrique do Nascimento, conhecido na cena musical como Dj Paulo Xytake ou Dj Xytake. 31 anos, casado pais de 2 filhos, Pedro Henrique 04 anos e Henrike 09 anos, formado em Ciências da Computação. Apaixonado por música, cultura e tecnologia, engajou na vida de Dj aos 16 anos, tendo como referência os dj´s que atuavam na cena de São Gonçalo, mais precisamente, do Porto Novo e Gradim. Aos 21 anos, iniciou seus trabalhos com a cultura de rua, em Nilópolis, Seropédica e Nova Iguaçú, levando a cultura de rua e demais culturas para essas regiões. Hoje, é idealizador e coordenador do Festival de Rap e Cultura de São Gonçalo, proprietário da 360k Estúdio e da equipe de sonorização Dj Xytake.

RESPONDA AO COMENTÁRIO

Escreva seu comentário aqui.
Por favor, insira seu nome aqui.

RESPONDA AO COMENTÁRIO

Escreva seu comentário aqui.
Por favor, insira seu nome aqui.