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Entre a inércia e a podridão política

Entre a inércia e a podridão política

Faltando 15 meses para as eleições municipais de 2016, o povo de São Gonçalo é refém da inércia da Prefeitura e da política ambiciosa em curso na Câmara de Vereadores. Ambas se esqueceram das necessidades da população e cobiçam apenas o poder.

O objetivo é manter ou conquistar o mais alto cargo do Poder Executivo Municipal e gerir durante o mandato um orçamento anual de R$ 1,2 bilhão. Para vencer, governo e oposição empreendem a política mais suja que existe no mundo, aquela que não reconhece os próprios erros, que omite informações, onde as consequências de cada ato ou pronunciamento são meticulosamente avaliadas tendo a reação da opinião pública como preocupação principal, em vez dos benefícios para a sociedade. Nos dois lados os bons homens se calaram e consequentemente se anularam. Restaram somente interesses políticos gananciosos e os peões deste jogo de xadrez, os primeiros perdedores, somos nós, cidadãos gonçalenses.

Prefeitura e Câmara jogam hoje em times adversários, são inimigas. A tão pregada “harmonia entre os Poderes” é uma utopia e ninguém se interessa em buscá-la. Trocaram o trabalho honesto pela briga política burra, enxergando apenas elas mesmas, e ignoram seu papel básico de atendimento à população.

Enquanto disputam entre si, falta ao Executivo e ao Legislativo um canal eficiente de comunicação com as pessoas. O sistema online da Ouvidoria da Prefeitura é precário, confuso e não responde aos chamados abertos. Quanto à Câmara, o email de contato que aparece no seu ridículo site é inválido e ninguém atende seu telefone.

Os gonçalenses escolhem mal seus representantes. Aceitam cesta básica, nivelamento de rua e emprego temporário em troca do voto. Mas o fazem por necessidade, pois ganham pouco, não suportam mais pisar na lama e convivem com o desemprego. E ainda existem os eleitores que, apesar das dificuldades, não trocam seu voto, mas, profundamente decepcionados, se contentam com o candidato menos pior ou anulam o próprio voto. O povo deve parar de culpar a si mesmo. Se há um culpado pela inércia da Prefeitura e pela podridão política na Câmara, são os mentirosos que lá estão e se dizem defensores do povo.

Foto: Rua Visconde de Itaúna, Paraíso (a rua do Colégio Paraíso), que sempre alaga em dias de chuva, já tem seu próprio rio de esgoto correndo na via.

Mário Lima Jr.
Mário Lima Jr.http://mariolimajr.com
Moro em São Gonçalo e toda semana escrevo sobre minha relação com a cidade.

Faltando 15 meses para as eleições municipais de 2016, o povo de São Gonçalo é refém da inércia da Prefeitura e da política ambiciosa em curso na Câmara de Vereadores. Ambas se esqueceram das necessidades da população e cobiçam apenas o poder.

O objetivo é manter ou conquistar o mais alto cargo do Poder Executivo Municipal e gerir durante o mandato um orçamento anual de R$ 1,2 bilhão. Para vencer, governo e oposição empreendem a política mais suja que existe no mundo, aquela que não reconhece os próprios erros, que omite informações, onde as consequências de cada ato ou pronunciamento são meticulosamente avaliadas tendo a reação da opinião pública como preocupação principal, em vez dos benefícios para a sociedade. Nos dois lados os bons homens se calaram e consequentemente se anularam. Restaram somente interesses políticos gananciosos e os peões deste jogo de xadrez, os primeiros perdedores, somos nós, cidadãos gonçalenses.

Prefeitura e Câmara jogam hoje em times adversários, são inimigas. A tão pregada “harmonia entre os Poderes” é uma utopia e ninguém se interessa em buscá-la. Trocaram o trabalho honesto pela briga política burra, enxergando apenas elas mesmas, e ignoram seu papel básico de atendimento à população.

Enquanto disputam entre si, falta ao Executivo e ao Legislativo um canal eficiente de comunicação com as pessoas. O sistema online da Ouvidoria da Prefeitura é precário, confuso e não responde aos chamados abertos. Quanto à Câmara, o email de contato que aparece no seu ridículo site é inválido e ninguém atende seu telefone.

Os gonçalenses escolhem mal seus representantes. Aceitam cesta básica, nivelamento de rua e emprego temporário em troca do voto. Mas o fazem por necessidade, pois ganham pouco, não suportam mais pisar na lama e convivem com o desemprego. E ainda existem os eleitores que, apesar das dificuldades, não trocam seu voto, mas, profundamente decepcionados, se contentam com o candidato menos pior ou anulam o próprio voto. O povo deve parar de culpar a si mesmo. Se há um culpado pela inércia da Prefeitura e pela podridão política na Câmara, são os mentirosos que lá estão e se dizem defensores do povo.

Foto: Rua Visconde de Itaúna, Paraíso (a rua do Colégio Paraíso), que sempre alaga em dias de chuva, já tem seu próprio rio de esgoto correndo na via.

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