MENU

Mataram o jacaré no Jardim Catarina: o descaso com os animais silvestres

Após as chuvas, apareceu jacaré no Jardim Catarina, no Recreio, bairros onde antes viviam apenas animais silvestres. Mas, o que fazer quando vê-los?

Mataram o jacaré no Jardim Catarina: o descaso com os animais silvestres

Após as chuvas, apareceu jacaré no Jardim Catarina, no Recreio, bairros onde antes viviam apenas animais silvestres. Mas, o que fazer quando vê-los?

Mataram um jacaré no Jardim Catarina. Talvez isso não fosse notícia até pouco tempo atrás. Mas numa sociedade em evolução como a nossa, a vida dos animais silvestres importa cada vez mais. Especialmente por termos a consciência de que, antes de ocuparmos os bairros e transformarmos rios em valões, eram os jacarés, capivaras, peixes, caranguejos, entre outros animais, os moradores do lugar.

É preciso sempre lembrar aos cidadãos que o recolhimento dos animais silvestres de vias públicas pode ser feito pelos Bombeiros. Basta ligar 193 e relatar o ocorrido.

Jacaré passeando nas ruas do Recreio, Zona Oeste do Rio, após um dia de chuva.
Jacaré passeando nas ruas do Recreio, Zona Oeste do Rio, após um dia de chuva.

Jacaré no Jardim Catarina não é exclusividade

São Gonçalo, bem como todo o estado do Rio de Janeiro, é permeado por rios. Eles desaguam na Baía de Guanabara, nas lagoas, formando um rico estuário. Formam diversos manguezais, conhecidos como berçários da natureza. Estes recebem e viabilizam a reprodução de muitas espécies, além de serem o habitat de outras, como os próprios jacarés.

Nossa população cresceu rapidamente nas últimas décadas. A São Gonçalo de hoje tem 10 vezes mais pessoas que a mesma cidade dos anos 50. Nesse processo, muitas áreas foram ocupadas, seja na forma de loteamentos, como o próprio Jardim Catarina, ou de forma desordenada.

Construímos residências em lugares sem o mínimo de estrutura, especialmente sanitária. Seja para o escoamento do esgoto residencial, ou até mesmo para as águas pluviais.

Jacaré no Jardim Catarina, São Gonçalo
Jacaré no Jardim Catarina, capturado na rua 10 e morto logo depois por populares.

Os lugares que hoje alagam com as chuvas, ou já alagavam antes pelas características daquele meio ambiente, ou estão encontrando barreiras no caminho do escoamento, que estão represando as águas da chuva. E essas novas barreiras foram construídas por nós, seres humanos.

Quando há um alagamento, é possível que apareçam animais que façam parte daquele meio ambiente, hoje ocupado por nós. Entretanto, eliminá-los não é a solução. Até porque, uma vez que se elimina uma população de animais, uma outra, antes comida por eles, tende a crescer, por não ter mais seu predador.

Na mesma semana que apareceu o réptil no Jardim Catarina, um outro, de porte ainda maior, se apresentou nas ruas do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, logo após as chuvas. Por lá, os moradores chamaram os bombeiros (193) para recolher o animal e devolvê-lo em segurança.

Bombeiros (193) ou Guarda Florestal podem ajudar

Em nossa história, temos figuras lendárias como Luiz Caçador, que ganhou este nome por ser um caçador de jacarés na mesma região. Luiz fez da caça um meio de vida, vendendo o couro dos animais aos cortumes que existiam em Neves e Gradim, além de promover caçadas na região, como conta Jorge Nunes neste post.

Entretanto, um século depois, após anos de informação acumulada, é esperado que nossa consciência mude. Se você conhecer pessoas que morem, ou se você morar em regiões com aparecimento eventual de animais silvestres, ao encontrá-los, ligue para o 193 dos Bombeiros.

Não sacrifique o animal por nada. Procure o outro órgão competente.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

Mataram um jacaré no Jardim Catarina. Talvez isso não fosse notícia até pouco tempo atrás. Mas numa sociedade em evolução como a nossa, a vida dos animais silvestres importa cada vez mais. Especialmente por termos a consciência de que, antes de ocuparmos os bairros e transformarmos rios em valões, eram os jacarés, capivaras, peixes, caranguejos, entre outros animais, os moradores do lugar.

É preciso sempre lembrar aos cidadãos que o recolhimento dos animais silvestres de vias públicas pode ser feito pelos Bombeiros. Basta ligar 193 e relatar o ocorrido.

Jacaré passeando nas ruas do Recreio, Zona Oeste do Rio, após um dia de chuva.
Jacaré passeando nas ruas do Recreio, Zona Oeste do Rio, após um dia de chuva.

Jacaré no Jardim Catarina não é exclusividade

São Gonçalo, bem como todo o estado do Rio de Janeiro, é permeado por rios. Eles desaguam na Baía de Guanabara, nas lagoas, formando um rico estuário. Formam diversos manguezais, conhecidos como berçários da natureza. Estes recebem e viabilizam a reprodução de muitas espécies, além de serem o habitat de outras, como os próprios jacarés.

Nossa população cresceu rapidamente nas últimas décadas. A São Gonçalo de hoje tem 10 vezes mais pessoas que a mesma cidade dos anos 50. Nesse processo, muitas áreas foram ocupadas, seja na forma de loteamentos, como o próprio Jardim Catarina, ou de forma desordenada.

Construímos residências em lugares sem o mínimo de estrutura, especialmente sanitária. Seja para o escoamento do esgoto residencial, ou até mesmo para as águas pluviais.

Jacaré no Jardim Catarina, São Gonçalo
Jacaré no Jardim Catarina, capturado na rua 10 e morto logo depois por populares.

Os lugares que hoje alagam com as chuvas, ou já alagavam antes pelas características daquele meio ambiente, ou estão encontrando barreiras no caminho do escoamento, que estão represando as águas da chuva. E essas novas barreiras foram construídas por nós, seres humanos.

Quando há um alagamento, é possível que apareçam animais que façam parte daquele meio ambiente, hoje ocupado por nós. Entretanto, eliminá-los não é a solução. Até porque, uma vez que se elimina uma população de animais, uma outra, antes comida por eles, tende a crescer, por não ter mais seu predador.

Na mesma semana que apareceu o réptil no Jardim Catarina, um outro, de porte ainda maior, se apresentou nas ruas do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, logo após as chuvas. Por lá, os moradores chamaram os bombeiros (193) para recolher o animal e devolvê-lo em segurança.

Bombeiros (193) ou Guarda Florestal podem ajudar

Em nossa história, temos figuras lendárias como Luiz Caçador, que ganhou este nome por ser um caçador de jacarés na mesma região. Luiz fez da caça um meio de vida, vendendo o couro dos animais aos cortumes que existiam em Neves e Gradim, além de promover caçadas na região, como conta Jorge Nunes neste post.

Entretanto, um século depois, após anos de informação acumulada, é esperado que nossa consciência mude. Se você conhecer pessoas que morem, ou se você morar em regiões com aparecimento eventual de animais silvestres, ao encontrá-los, ligue para o 193 dos Bombeiros.

Não sacrifique o animal por nada. Procure o outro órgão competente.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

1 COMENTÁRIO

RESPONDA AO COMENTÁRIO

Escreva seu comentário aqui.
Por favor, insira seu nome aqui.

1 COMENTÁRIO

RESPONDA AO COMENTÁRIO

Escreva seu comentário aqui.
Por favor, insira seu nome aqui.