Hoje sai do Pontal, ali no Gradim, e dei um rolê por toda a Baía de Guanabara. A missão era discutir a região como uma possível área de proteção ambiental para além das regiões já demarcadas. A companhia eram de professores, pesquisadores, comunicadores, gestores públicos e do anfitrião que era o Padre André.
Passamos por Jurubaíba, Ilha das Flores, São João, Praia da Luz, Ilha Redonda e tantos outros pontos com potencialidades turísticas que sempre são incríveis de se observar. Todo ano faço trajetos parecidos de barco, mas a experiência sempre parece ser a primeira.
Sempre ouço que essa região é impraticável por conta do tráfico de drogas e é. É difícil uma região tão bonita ser ocupada por um poder paralelo. Hoje mesmo, durante essa visita, ouvi de um dos traficantes da região a seguinte frase;
“Espero que vocês tragam algo de bom para a região, não quero essa molecada envolvida”
É contraditório? É! Mas aos poucos, mesmo aqueles que inviabilizam nossa ida até a região, compreendem que o melhor para os próximos é um outro caminho.
Itaoca e a sustentabilidade
Falando em caminho, a região de Itaoca pode caminhar sozinha. Ser sustentável economicamente, ecologicamente e criar um novo eixo de desenvolvimento na cidade. O turismo, a culinária, as tradições religiosas e a sua história fazem parte da fundação de uma cidade que ignora parte significativa do seu passado.
Pela primeira vez meu rolê por essas bandas de gonça estava com o tempo nublado. Sempre vou pra lá me divertir, apresentar a região para amigos e amigas, mas dessa vez saio pensativo sobre a complexidade da nossa cidade e daquela área. Existem saídas, caminhos, percursos e muita gente disposta para essa construção, mas por onde começar?
De um lado a Associação de Moradores se desenvolve, do outro a Igreja Católica pensa na região com muito carinho por conta da sua proximidade com o tema. Ai juntam professores que possuem pesquisas na área, gestores públicos que tentam contribuir, moradores e o caldo vai se formando. Será possível tornar essas potencialidades viáveis? Fiquei me perguntando durante as últimas horas ali na Capela da Luz.
O lugar é lindo!
O lugar é agradável!
O lugar é fantástico!
Vocês, que talvez não estejam entendendo por que perder tempo escrevendo sobre essa área, não devem conhecer o local. Como pode um caminho que passa pelo lixão de Itaoca esconder tantas belezas? Isso tudo é nosso. É de cada gonçalense interessado em viver melhor por aqui.
Tire um domingo, junte alguns amigos, fale com a Igreja Católica, fale com a Associação de Moradores de Itaoca, fale com algum morador de lá e visite. Conheça o que há de melhor em nossa cidade e que com mais participação de todo mundo (poder público, poder privado e população), será possível começar a se pensar num lugar que de 10 em 10 pessoas, terá a possibilidade de um dia ficar lotado com muitos sorrisos, namoros e boas histórias.
Que Itaoca seja cada vez menos dos tráfico e cada vez mais um lugar de outras oportunidades. Aquele lugar é lindo, precisamos trocar as armas por pirão e peixe fresco.
Sou professora se Historia e tenho muita vontade se conhecer esse local.Gostaria de ser incluida numa proxima expedição.
Oi, Juciara.
Nos próximos que forem abertos ao público, vamos avisar por aqui. 😉
Obrigado por estar com a gente no SIM São Gonçalo.
[…] da Ilha de Itaoca pela Praia das Pedrinhas.Pequena ponte que liga o lado da rua à faixa e areia da praia, passando […]
Olá. Gostaria muito de conhecer essas ilhas. Conheço apenas a de Jurubaíba.
Como faço???
Abraço.
Oi, Milena.
Busque os grupos de guias e pessoas interessadas na história da cidade no Facebook. Algumas pessoas se organizam e fazem esses passeios por lá.
Abraços.