A história se passa na década de 1960, quando, ao nomear a Estrada que ia de Itaúna até o Salgueiro, meu pai, Antonio Rosa, deu a sugestão ao então prefeito, dizendo “por que não batizar a rua como Estrada das Palmeiras, já que nos morros do Salgueiro existem muitas palmeiras?” O prefeito gostou da idéia e nomeou como Estrada das
Palmeiras a rua.
Com a construção, na década de 1980, do Conjunto Habitacional na área de mangue ao lado do do chamado “Rio Morto” (na verdade um afluente do Guaxindiba, que desagua na Baia de Guanabara), precisavam de um nome para o bairro daí o nome Bairro das Palmeiras, pois a continuação da Estrada, que acabava no mesmo rio, seria como que a condução ao bairro novo. A construção foi feita pela Caixa de Construções da Marinha do Brasil, e eu me lembro das centenas de caminhões de aterro que foram usados para afastar o mangue.
Com o passar do tempo, foi construido também mais à frente o Conjunto da PM (feito pelo Estado do Rio, para abrigar os policiais militares e suas famílias) mas a localidade tem o nome do primeiro conjunto.
E, recentemente, o bairro é simplesmente chamado de “Palmeiras”.
Curiosidade: mais a frente do conjunto da PM existia um QUILOMBO, cujos quilombolas viviam como no século XIX. Hoje, com a falta de segurança pública no local, fugiram de lá.