Um ônibus Fagundes roda com sua placa vermelha pendurada. Não, isso não foi uma metáfora. Esta semana, esse flagrante deixou ainda mais claro que, na hora de fiscalizar o transporte público, prefeitura e estado fecham os olhos. Aquela clássica “vista grossa” com os reis dos ônibus no leste fluminense.
Na foto, vemos a linha de ônibus 487M. Seu itinerário é entre Guaxindiba e Niterói.
A princípio, esse dado pode não fazer diferença para você. Mas para os moradores das regiões mais desfavorecidas da cidade, é nítido que os ônibus em pior estado de conservação trafegam nestas rotas.
Porém, nem só as localidades esquecidas estão passando por problemas. A RJ-104, como evidenciada pelo Jornal O São Gonçalo (março/2018), uma das principais vias de ligação entre Niterói e São Gonçalo, também está toda esburacada.
O DER, o Departamento de Estradas e Rodagem, até fez uma ação paliativa. Na verdade, estão remendando um asfalto que precisa ser completamente renovado.
Precisamos de fiscalização nos ônibus Fagundes e das outras viações
Para quem tem motocicleta e carro de passeio, as blitz comuns são frequentes. Sabemos que a qualquer mínimo detalhe fora de ordem, os órgãos de fiscalização podem travar nossos veículos, levando para o depósito.
Entretanto, quando o assunto são os ônibus municipais e intermunicipais, a coisa muda de figura. Nesse caso, só perdemos dinheiro. Afinal, pagamos passagem para termos um ônibus decente, como também pagamos impostos para financiar os órgãos de fiscalização. Quando ambos não fazem seu trabalho, obviamente, os prejudicados somos nós.
Nos últimos tempos, com a Operação LAVA JATO e seus filhotes, ficaram mais do que claras as promíscuas relações entre empresas de ônibus e governo. E certamente, esse é o ponto mais problemático de todos.
Ao final, o que acontece é um grande acordão. Prefeituras e Estado fingem que pavimentam as ruas, mas está tudo esburacado. Empresas de ônibus sabem disso, põem ônibus remendados nas ruas e cobram aumento de passagens. E ao final, pagamos à dois senhores por serviços que não vemos retorno algum.
E depois disso tudo, ainda tem gente que acha que reclamamos demais, só porque vimos uma “plaquinha pedurada”.
Virou bagunça, e com apoio do povo, apoiam uber e suas aberrações, e ficam indignados com ditas injustiças. O estado está tão contra mim, quanto contra vocês, e isso é bem feito. Apoiem tudo que é errado, queiram ser mais espertos, depois não chorem. Vocês só estão pagando as suas ações anteriores.
Esses ônibus da viação Fagundes, Maravilha, todos do grupo da Rio Ita são uns verdadeiros horrores, umas lixeiras. A empresa não zela pelos seus carros, inclusive os novos. Viajo quase todos os dias nos carros da linha 567 (Pça XV/Venda das Pedras) e é praticamente insuportável ficar ali dentro naquele calor miserável, onde passageiros viajam com janelas fechadas, sendo obrigado a suportar aquele fedor desgraçado de sujeira, BR-101, onde toda a sua extensão é um mal cheiro só.
A Rio Ita tem o monopólio em vários bairros de S.Gonçalo e Itaboraí e visa somente o valor da passagem, não oferecendo conforto sequer aos seus passageiros, inclusive nos ônibus refrigerados que são umas verdadeiras latas velhas imundas.