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Cadeirantes no meio da rua – acessibilidade não existe por aqui

O vídeo do cadeirante andando no meio da rua, no Rodo, provocou curiosidade e indignções. Afinal, por que a acessibilidade é tão ruim em São Gonçalo?

Cadeirantes no meio da rua – acessibilidade não existe por aqui

O vídeo do cadeirante andando no meio da rua, no Rodo, provocou curiosidade e indignções. Afinal, por que a acessibilidade é tão ruim em São Gonçalo?

A cena é inusitada. Um cadeirante é flagrado rodando no meio da rua com sua cadeira motorizada. Na altura entre a rua Dezoito do Forte e o Shopping Partage, ele trafega em meio a carros e ônibus, desafiando os veículos bem maiores que ele. Confira o vídeo:

 

Acessibilidade em São Gonçalo é fundamental

Mas, qual o motivo que levou o cadeirante a ir para o meio da rua?

Para quem conhece o centro de São Gonçalo, o nosso Rodo, andar pelas ruas a pé já é difícil. Além do grande número de pessoas andando em calçadas e ruas desniveladas, projetadas há décadas atrás, há obstáculos diversos que só atrapalham o fluxo.

Naquele trecho onde o vídeo foi feito, por exemplo, a situação até poderia ser melhor caso a faixa da “linha do trem” fosse um acesso viável, sem pontos de acúmulo de lixo. Do outro lado, na calçada que leva ao Supermercado Extra e ao Shopping Partage, há os postes. Um projeto de fiação subterrânea seria fundamental para esse novo modelo de calçadas na cidade.

Acessibilidade é só para cadeirantes?

Não. Acessibilidade é para todos. E no momento atual, há um grupo pouco lembrado, mas que cada vez mais estará andando pelas ruas: os idosos. Com o avançar da idade, é comum que nós, seres humanos, tenhamos mais limitações físicas, dificultando nossa locomoção. E nesses casos, a diferença entre tropeçar e tombar mora nos detalhes das ruas. Bem como suas consequências.

As projeções mais recentes mostram que em poucas décadas, teremos 1/4 da população idosa no Brasil.

Ter ruas, calçadas, pontos de ônibus, entre outros itens do ambiente urbano que respeitem as normas ergonômicas básicas é requisito primário nas cidades do futuro.

Um bom exercício para a prefeitura seria começar essa reformulação pelos centros, o administrativo, Zé Garoto–Rodo, e o comercial, Alcântara. Acessibilidade já deixou de ser tendência há tempos. Hoje é obrigação.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

A cena é inusitada. Um cadeirante é flagrado rodando no meio da rua com sua cadeira motorizada. Na altura entre a rua Dezoito do Forte e o Shopping Partage, ele trafega em meio a carros e ônibus, desafiando os veículos bem maiores que ele. Confira o vídeo:

 

Acessibilidade em São Gonçalo é fundamental

Mas, qual o motivo que levou o cadeirante a ir para o meio da rua?

Para quem conhece o centro de São Gonçalo, o nosso Rodo, andar pelas ruas a pé já é difícil. Além do grande número de pessoas andando em calçadas e ruas desniveladas, projetadas há décadas atrás, há obstáculos diversos que só atrapalham o fluxo.

Naquele trecho onde o vídeo foi feito, por exemplo, a situação até poderia ser melhor caso a faixa da “linha do trem” fosse um acesso viável, sem pontos de acúmulo de lixo. Do outro lado, na calçada que leva ao Supermercado Extra e ao Shopping Partage, há os postes. Um projeto de fiação subterrânea seria fundamental para esse novo modelo de calçadas na cidade.

Acessibilidade é só para cadeirantes?

Não. Acessibilidade é para todos. E no momento atual, há um grupo pouco lembrado, mas que cada vez mais estará andando pelas ruas: os idosos. Com o avançar da idade, é comum que nós, seres humanos, tenhamos mais limitações físicas, dificultando nossa locomoção. E nesses casos, a diferença entre tropeçar e tombar mora nos detalhes das ruas. Bem como suas consequências.

As projeções mais recentes mostram que em poucas décadas, teremos 1/4 da população idosa no Brasil.

Ter ruas, calçadas, pontos de ônibus, entre outros itens do ambiente urbano que respeitem as normas ergonômicas básicas é requisito primário nas cidades do futuro.

Um bom exercício para a prefeitura seria começar essa reformulação pelos centros, o administrativo, Zé Garoto–Rodo, e o comercial, Alcântara. Acessibilidade já deixou de ser tendência há tempos. Hoje é obrigação.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

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