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O Álcool Gel mais caro do Brasil é fruto da falta de transparência

O Álcool Gel mais caro do Brasil é fruto da falta de transparência

Em pleno momento que vivemos, com previsões nada animadoras para a população, como falta de recursos nos hospitais, uma notícia como a compra do álcool gel mais caro do Brasil causa indignação.

Após a denúncia, a prefeitura explicou que o produto não era álcool em gel. Porém, fica claro que a displicência na descrição do produto orçado e a não existência de um escritório no endereço disponibilizado pela empresa são frutos do mesmo problema de sempre: a falta de transparência. A certeza do “faz qualquer coisa aí, que não pega não”.

Não é porque há orçamentos publicados que a prefeitura está sendo transparente. Se o escrito não condiz com a realidade, está incorreto. Se a fornecedora All Labs fornece insumos à prefeitura há 2 anos, para o cidadão, não pode haver dúvidas sobre a idoneidade da empresa. Afinal, é dinheiro público!

Para mim, a transparência é a ferramenta mais importante da gestão pública nos dias atuais e futuros. Num momento de calamidade pública, a flexibilização de licitações pode abrir caminho para uma farra completa. E pagar R$105,00 reais por 800 frascos de “antissépticos higienizantes de uso tópico para mãos” com 500ml cada, como é a descrição nebulosa do produto, pode ser justa ou absurda, pela simples despreocupação em ser claro no que se escreve.

Ata de Registro de preços do Álcool Gel mais caro do Brasil

É importante lembrar que há apenas 2 semanas atrás, o RJTV mostrou denúncias sobre o plágio, também conhecido como “copiou colou”, de propostas para construção dos hospitais de campanha do RJ, incluindo o nosso, aqui no Mauá. Na mesma situação, quando se vai aos endereços descritos nas propostas, não há sede das empresas proponentes. E assim como no caso do “álcool gel mais caro do Brasil”, ao chegar nos endereços fornecidos, só encontraram residências. Empresa mesmo, só no papel.

À prefeitura, não basta ser honesta, tem de parecer honesta. E com tantos casos duvidosos no passado recente, como aqueles contratos milionários com parentes de um certo vereador, qualquer fumaça é mais que fogo: é incêndio!

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

Em pleno momento que vivemos, com previsões nada animadoras para a população, como falta de recursos nos hospitais, uma notícia como a compra do álcool gel mais caro do Brasil causa indignação.

Após a denúncia, a prefeitura explicou que o produto não era álcool em gel. Porém, fica claro que a displicência na descrição do produto orçado e a não existência de um escritório no endereço disponibilizado pela empresa são frutos do mesmo problema de sempre: a falta de transparência. A certeza do “faz qualquer coisa aí, que não pega não”.

Não é porque há orçamentos publicados que a prefeitura está sendo transparente. Se o escrito não condiz com a realidade, está incorreto. Se a fornecedora All Labs fornece insumos à prefeitura há 2 anos, para o cidadão, não pode haver dúvidas sobre a idoneidade da empresa. Afinal, é dinheiro público!

Para mim, a transparência é a ferramenta mais importante da gestão pública nos dias atuais e futuros. Num momento de calamidade pública, a flexibilização de licitações pode abrir caminho para uma farra completa. E pagar R$105,00 reais por 800 frascos de “antissépticos higienizantes de uso tópico para mãos” com 500ml cada, como é a descrição nebulosa do produto, pode ser justa ou absurda, pela simples despreocupação em ser claro no que se escreve.

Ata de Registro de preços do Álcool Gel mais caro do Brasil

É importante lembrar que há apenas 2 semanas atrás, o RJTV mostrou denúncias sobre o plágio, também conhecido como “copiou colou”, de propostas para construção dos hospitais de campanha do RJ, incluindo o nosso, aqui no Mauá. Na mesma situação, quando se vai aos endereços descritos nas propostas, não há sede das empresas proponentes. E assim como no caso do “álcool gel mais caro do Brasil”, ao chegar nos endereços fornecidos, só encontraram residências. Empresa mesmo, só no papel.

À prefeitura, não basta ser honesta, tem de parecer honesta. E com tantos casos duvidosos no passado recente, como aqueles contratos milionários com parentes de um certo vereador, qualquer fumaça é mais que fogo: é incêndio!

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

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