A ETA do Laranjal – Estação de Tratamento de Água – é responsável por tratar a água de São Gonçalo e Niterói, abastecendo quase 1.500.000 de habitantes. Se pegarmos uma bicicleta, chegamos em 25 minutos até o bairro do Sacramento. Rápido, não? Então, por que a água não consegue chegar com a mesma rapidez na região?
Essa semana recebemos a mensagem de Fortunata Soares, moradora do Sacramento, bairro que tem como vizinhos Santa Izabel, Pacheco e Barracão. Ela veio nos contar que a velha conhecida falta de água voltou à região.
Segundo ela, a água não chega à sua casa e de seus vizinhos há pelo menos mais de 1 mês. Em alguns trechos da estrada Monte Formoso, o fornecimento de água não acontece desde o final de novembro. Ou seja, para algumas pessoas é quase uma quarentena sem água. O resultado é que eles estão comprando carros pipa para abastecer suas cisternas. Porém, tudo tem um preço. Como também pagam conta de água, eles cobram da CEDAE a resolução do problema que está impedindo que a água chegue às torneiras de suas casas.
Através do site da Companhia, neste link, é possível fazer reclamações. Mas para os moradores de lá, a medida não vem dando resultado.
Leia mais sobre os riscos e benefícios da possível privatização da Cedae.
O processo de tratamento de água começa na captação do canal de Imunana. Depois, a água é levada até a elevatória de água bruta através de um canal desarenador, que tira a areia e outros resíduos primários, ainda no município de Guapimirim. No momento seguinte, ela é bombeada até à ETA, no Laranjal.
Novas obras da CEDAE não resolveram antigos problemas de água
No início de 2014, o então prefeito Neilton Mulim (2013–2016) firmou uma parceria com a CEDAE, cujo presidente era Wagner Victer. Os R$17.290.855,47 vindos do governo federal, através do programa PAC2, seriam investidos na ampliação do sistema de distribuição de água na região.
Na época, a obra incluía a construção de dois reservatórios que seriam interligados ao já existente da Amendoeira. Um com capacidade para armazenar 10 milhões de litros, e outra unidade para 5 milhões de litros em Monjolos. Entretanto, o aumento da oferta de água da região – área de influência do Comperj – parece que não chegou a todas as torneiras do distrito.
Depois de passar o Natal e o Ano Novo sofrendo com a falta d’água, os moradores pedem uma solução da CEDAE. Parece que mesmo com investimentos na região, a Companhia de Águas e Esgotos do estado do Rio de Janeiro não consegue resolver um problema tão básico em qualquer média cidade brasileira.
Enquanto os cidadãos não encherem o saco do Ministério Público, do Procon, Tribunais de pequenas causas, etc, entupindo tudo com centenas de ações individuais e populares, vai ficar nisso mesmo. Os caras de pau não estão nem aí para os problemas da população.
Agradeço a matéria espero que a cedae olhe por nosso bairro de sacramento pois todo ano e a mesma situação de falta de água. Principalmente no monte formoso.
Eu que agradeço a confiança por ter mandado a questão pra gente publicar. Conseguimos montar um histórico e ainda constatamos que aqueles 17 milhões vindos do PAC2 não fizeram nenhum efeito para vocês, infelizmente.
Sigamos cobrando.
Obrigado por estar com a gente no SIM.
Abraços.
Se Sacramento está havendo falta de água, que dirão os moradores de Monjolos que não possuem água encanada. Isso mesmo! Não há água encanada. Sobrevivemos com poço artesiano ou pipa d’água.
Até mesmo por isso torço sim pela privatização da CEDAE. Quem sabe assim, como será um serviço privado, alguém se lembre de nós!