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Radar de velocidade desligado não significa mais segurança

Radar de velocidade desligado não significa mais segurança

Radar de velocidade é um inimigo do cidadão-motorista. A “indústria da multa” não ganhou esse nome à toa. Sou motorista há uns 15 anos e já ganhei algumas multas nesse período. Ainda sim, sou pedestre há muito mais tempo. Sei bem a diferença que faz ter um “pardalzinho” à vista quando se atravessa com uma criança no sinal. Em rodovias como as RJ 104 e 106, com tanta gente morando ao redor e sem tantas passarelas assim, fica a pergunta: não era melhor ter aumentado o nível de velocidade ao invés de eliminar o radar?

Aumento de velocidade no radar resolveria

Passo nas RJs com alguma frequência. Entendo bem esse dilema entre passar em determinados pontos com receio de ter uma arma apontada ou de ganhar uma multa por excesso de velocidade. Mas vejo também que os radares são instrumentos para fazer com que maus motoristas “segurem” o pé no pedal.

A pista com velocidade máxima de 50 ou 60km/h realmente deixa o motorista vulnerável. Porém, não ter limite deixa pedestres na beira da via e outros motoristas vulneráveis aos irresponsáveis que põem 130km/h sem dó nessas vias cheias de curvas e buracos.

Penso que o melhor seria aumentar o limite de velocidade. Algo como 90km ou qualquer outra velocidade previamente estudada para os trechos, ajudaria um lado sem prejudica o outro. Motoristas e pedestres.

Sem radar de velocidade, sem passarela e sem asfalto

A última mudança que as RJs viram, já tem mais de 12 anos. Foi no governo Rosinha Garotinho. De lá para cá, as vias não tiveram nenhuma grande mudança. A RJ 104 então, cujo pedaço mais famoso é o viaduto de Alcântara, tem trechos que a gente sente pena do veículo e, naturalmente, do nosso bolso. O que nos faz lembrar que, mesmo sem radar, não dá para andar muito rápido sem arriscar danificar o próprio carro.

Outro problema corrente é falta de passarelas. Há pontos da pista onde as pessoas, tradicionalmente, passam. Logo, porque não ampliar o número das travessias sobre a pista? Provavelmente, o valor de uma passarela é mais barato que o serviço de socorro e internação de um pedestre acidentado por dias no hospital.

Os problemas de segurança existem e ninguém está negando isso. Mas há tantos outros fatores de insegurança na via, que a tendência é que os problemas se somem e não sumam. A bandidagem sempre vai criar uma saída nova para continuar assaltando. Estejamos nós passando a 60 ou 120km/h.

Lembrando sempre que nosso problema de segurança se resolve com estratégias de segurança pública, não com questões de trânsito. E as pessoas que moram na região, pegando ônibus ou andando a pé, continuarão sofrendo com os mesmos problemas. Essas não tem como correr.

 

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

Radar de velocidade é um inimigo do cidadão-motorista. A “indústria da multa” não ganhou esse nome à toa. Sou motorista há uns 15 anos e já ganhei algumas multas nesse período. Ainda sim, sou pedestre há muito mais tempo. Sei bem a diferença que faz ter um “pardalzinho” à vista quando se atravessa com uma criança no sinal. Em rodovias como as RJ 104 e 106, com tanta gente morando ao redor e sem tantas passarelas assim, fica a pergunta: não era melhor ter aumentado o nível de velocidade ao invés de eliminar o radar?

Aumento de velocidade no radar resolveria

Passo nas RJs com alguma frequência. Entendo bem esse dilema entre passar em determinados pontos com receio de ter uma arma apontada ou de ganhar uma multa por excesso de velocidade. Mas vejo também que os radares são instrumentos para fazer com que maus motoristas “segurem” o pé no pedal.

A pista com velocidade máxima de 50 ou 60km/h realmente deixa o motorista vulnerável. Porém, não ter limite deixa pedestres na beira da via e outros motoristas vulneráveis aos irresponsáveis que põem 130km/h sem dó nessas vias cheias de curvas e buracos.

Penso que o melhor seria aumentar o limite de velocidade. Algo como 90km ou qualquer outra velocidade previamente estudada para os trechos, ajudaria um lado sem prejudica o outro. Motoristas e pedestres.

Sem radar de velocidade, sem passarela e sem asfalto

A última mudança que as RJs viram, já tem mais de 12 anos. Foi no governo Rosinha Garotinho. De lá para cá, as vias não tiveram nenhuma grande mudança. A RJ 104 então, cujo pedaço mais famoso é o viaduto de Alcântara, tem trechos que a gente sente pena do veículo e, naturalmente, do nosso bolso. O que nos faz lembrar que, mesmo sem radar, não dá para andar muito rápido sem arriscar danificar o próprio carro.

Outro problema corrente é falta de passarelas. Há pontos da pista onde as pessoas, tradicionalmente, passam. Logo, porque não ampliar o número das travessias sobre a pista? Provavelmente, o valor de uma passarela é mais barato que o serviço de socorro e internação de um pedestre acidentado por dias no hospital.

Os problemas de segurança existem e ninguém está negando isso. Mas há tantos outros fatores de insegurança na via, que a tendência é que os problemas se somem e não sumam. A bandidagem sempre vai criar uma saída nova para continuar assaltando. Estejamos nós passando a 60 ou 120km/h.

Lembrando sempre que nosso problema de segurança se resolve com estratégias de segurança pública, não com questões de trânsito. E as pessoas que moram na região, pegando ônibus ou andando a pé, continuarão sofrendo com os mesmos problemas. Essas não tem como correr.

 

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

1 COMENTÁRIO

  1. Concordo plenamente. Acho que 80 Km/h seria uma velocidade boa considerando as curvas, tráfego de ônibus com paradas, e, infelizmente, buracos na via.
    Mesmo com radares, muitas vezes, trafegando na via a 80 ou 90 Km/h (fora dos trechos de radar), sempre tinha um apressado colando na traseira, fazendo ultrapassagens perigosas e causando risco de acidente.

    Outra questão é: a BR 101 tem limite 100 Km/h e isso não evita os frequente arrastões que, infelizmente, ocorrem por lá.

    Não é de hoje que falta bom senso aos nossos governantes. Triste.

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  1. Concordo plenamente. Acho que 80 Km/h seria uma velocidade boa considerando as curvas, tráfego de ônibus com paradas, e, infelizmente, buracos na via.
    Mesmo com radares, muitas vezes, trafegando na via a 80 ou 90 Km/h (fora dos trechos de radar), sempre tinha um apressado colando na traseira, fazendo ultrapassagens perigosas e causando risco de acidente.

    Outra questão é: a BR 101 tem limite 100 Km/h e isso não evita os frequente arrastões que, infelizmente, ocorrem por lá.

    Não é de hoje que falta bom senso aos nossos governantes. Triste.

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