Nesse momento que estamos vivendo, bancos são essenciais. Mas as longas filas de hoje, publicadas pelo Jornal O Dia, mostraram o pouco compromisso do Itaú com os clientes. Em meio a pandemia, fecham os bancos. Naturalmente, após horas aguardando, as pessoas se revoltaram com a informação da não abertura da agência em Alcântara. Inclusive, essa frase título foi dita por uma pessoa que se indignou com o fato.
Camelôs e pequenas barraquinhas, como pipoqueiros e fruteiros, por exemplo, entre outros trabalhadores, terão que mudar sua realidade rapidamente. Muitas pessoas ainda são dependentes do dinheiro físico, do papel moeda. E para estes negócios menores, aceitar cartão, ou qualquer outra forma de transferir dinheiro, deixará de ser opcional. Será uma condição para existir. Afinal, para evitar aglomerações nas agências, em breve, é possível que o dinheiro se virtualize de vez.
Mas se fecham os bancos, há outro problema: os desbancarizados
Uma pesquisa do Instituto Locomotiva, em 2019, mostrou que 1 em cada 3 pessoas no Brasil não tem conta em banco ou não a acessam há mais de 6 meses. Em contrapartida, estima-se que movimentam cerca de R$800 bilhões de reais.
Com a chegada do auxílio emergencial, ficou evidente que muita gente, além do CPF inativo, também não tem conta, nem intimidade com serviços bancários. Para essas pessoas, a necessidade impôs um desafio maior: serão incluídas no sistema “à força”.
Isso não quer dizer que não iremos mais usar dinheiro em papel moeda no Brasil. Também não quer dizer que teremos um mundo financeiro completamente virtualizado, como na China.
Estamos vendo a história acontecer. E esses impactos sobre como lidamos com o dinheiro farão toda a diferença no desenvolvimento da economia pós-covid. Especialmente aqui, em São Gonçalo. No meio desse caos, as mudanças estão à caminho.