O “Zulmira”, como se referem os mais íntimos à Escola Municipal Zulmira Mathias Neto Ribeiro, é um daqueles colégios que fazem parte da história das pessoas. Por ter uma característica de bairro, focada nas séries iniciais, é o início da trajetória educacional de muitos pequenos gonçalenses.
Após o evento que participei na escola, aproveitei para conversar com as professoras sobre a história dessa heroína. A seguir, o texto criado pela instituição e agora adaptado para o site.
Se você é um antigo aluno do Zulmira, fique à vontade para comentar e participar com suas memórias sobre sua escola.
Dona Zulmira e sua vocação para a educação
A escola surgiu a partir da necessidade da comunidade local. Era preciso ter uma instituição escolar que atendesse às novas gerações de gonçalenses.
Tudo começou a partir da ação da Dona Zulmira. Ela tinha grande interesse em colaborar com a educação e cultura. Com esse impulso, começou a ensinar às crianças do seu bairro na sua própria residência.
A tarefa como alfabetizadora estendeu-se ao longo de sua vida. Atendia especialmente aos que ficavam fora da escola. Ora por falta de vagas, ora por conta da idade fora da faixa etária abrangida pelas instituições.
Além disso, no horário da noite, Dona Zulmira alfabetizava adultos que trabalhavam durante o dia.
Seus esforços foram reconhecidos. Assim, ela tornou-se patrona da escola da comunidade, batizada com seu nome.
A história da escola municipal do Marimbondo
Antes da Escola Municipal Professora Zulmira Mathias Netto, houve uma creche comunitária mantida pela Associação de Moradores Unidos do Cassinu, situada no Porto Novo.
Mesmo sendo mantida pela associação do bairro, funcionava de forma bastante precária. A ajuda que conseguiam para manter a creche era dada por um grupo de voluntários do próprio bairro que ajudavam em tudo. Da manutenção à merenda.
Com este cenário, a secretaria de educação da época, dirigida por Wagner Ribeiro Laranjeira, neto da professora Zulmira, se mobilizou. Informados sobre a situação difícil que a creche comunitária sofria, alugou-se uma casa para comportar todos os seus alunos. E assim, a responsabilidade, antes da associação de moradores, foi repassada para a Prefeitura Municipal de São Gonçalo.
Entretanto, como a casa alugada era maior que o espaço anterior, o número de alunos também cresceu.
Mudando o Zulmira para a Paul Leroux
Em 19 de fevereiro de 1990, a casa alugada na Rua Paul Leroux 740 tornava-se a sede da nova escola municipal de São Gonçalo, que tinha a professora Zulmira como patrona. O colégio foi inaugurado com sete salas de aula, funcionando em 2 turnos e administrando do ensino infantil ao 5º ano do fundamental. Nesse local, serviu à comunidade local até 1996.
Com a mudança de prefeito, de Ezequiel Mattos para João Bravo, a prefeitura deixou o prédio no Marimbondo e alugou o prédio na rua principal, onde hoje fica o MV1 São Gonçalo.
Nessa fase, a instituição Zulmira passou a se chamar Escola Municipal Zelina Barbosa Bravo. Foi designada assim pelo prefeito da época em homenagem à sua mãe. Outra mudança foi que a escola passou a administrar do Ensino Infantil ao Ensino Médio, durante 4 anos.
Entretanto, em março de 1999, a escola volta à Rua Paul Leroux, no número 750. Agora com sede própria, foi reativada com o nome original: Escola Municipal Professora Zulmira Mathias Netto Ribeiro. Em dezembro de 2012, a prefeitura realizou uma reforma do prédio, reinaugurando a escola que serve a comunidade até hoje, do ensino infantil ao 5º ano fundamental, no Paraíso.
Fonte: texto de circulação interna, obtido na própria escola.
[…] abril, fui convidado pela Escola Zulmira Mathias Netto Ribeiro, no Paraíso (Marimbondo) para falar um pouco sobre a história da cidade e os motivos pelos quais […]