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É sábado… mas o serviço não funciona. Problemas de um dia livre para viver

É sábado… mas o serviço não funciona. Problemas de um dia livre para viver

Sábado é um dos dias mais esperados por todos nós. Se você passa a semana na missão de ter que ir trabalhar, estudar ou procurar emprego, passando horas no transporte público, você sabe do que estou falando.

Aliás, se você passa o dia trabalhando em casa, ou mesmo com as tarefas domésticas e/ou cuidando das crianças ou idosos que estão sob sua responsabilidade, sabemos que sua vida semanal é tão assoberbada quanto a de quem trabalha fora.

Ainda sim, por que alguns serviços que poderiam funcionar nesse dia não acontecem? Cartórios, escritórios, postos de saúde (dia inteiro), hemonúcleos, profissionais liberais, por que o dia de sábado ainda é tão cultuado como “o dia do descanso”, com tantas necessidades semanais? Será que não há demanda?

A segurança das ruas para o comércio aos sábados

Quem é dona ou dono de Salão de Beleza sabe que sábado é o dia de maior movimento. Dependendo do local, é o dia que banca todos os outros. Desde que esse universo da beleza ganhou maior participação no comércio de serviços, trabalhadores e empresárias dessa área sabem bem que sábado não é dia de salão fechado.

Aos poucos, outros lojistas perceberam e seguiram a onda. Antes do surgimento dos hipermercados (tipo Carrefour, Guanabara), nem todos os mercados de bairro funcionavam nas tardes de sábado. Muito menos domingo, algo tão comum hoje em dia.

O surgimento dos shoppings

Há alguma poucas décadas atrás, o comércio de rua que mandava na dinâmica (em Alcântara isso acontece até hoje).

Não era incomum passar às 14 horas nas ruas e ver tudo fechado. Os shoppings mudaram esse costume. Com estruturas menos dependentes do fluxo das ruas, eles ocuparam as carências do fim de semana e promoveram o “passeio no shopping” como uma alternativa de lazer.

Tudo isso foi possível graças a um quesito: segurança.

A certeza de entrar em um lugar seguro, limpo, com ônibus passando na porta ou estacionamento com vagas, deu ao consumidor uma certeza de que era possível ir a um lugar no horário determinado e encontrar (quase tudo) o que quisesse.

Mas no comércio de rua, nada mudou. Quando um começa a fechar, é a hora de todos fecharem ao mesmo tempo. Salvo as corajosas padarias.

Pátio Alcântara é um shopping atípico nesse quesito. Ele é quem é regulado pelo comércio de rua, que é bem mais forte que a presença do shopping na região. Foto: Divulgação Dominus.

Prefeitura e serviços públicos não olham o sábado com carinho

Duas campanhas públicas nos chamaram a atenção pelos comentários e mensagens diretas com a pergunta “funciona no sábado?”. Para a DOAÇÃO DE SANGUE e VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA foi a mesma questão.

Um dos casos mais complicados é o funcionamento do hemonúcleo aos sábados. Com estoques de sangue sempre no limite, por que não se substitui um dos dias de semana pelos sábados?

Quando os programas de vacinação acontecem, a mesma pergunta é feita sempre. Curiosamente, a vacinação de cães e gatos, tradicionalmente, acontece nesse dia. Bem como as vacinações infantis em massa (quem não se lembra do Zé Gotinha?) Mas a dúvida sobre o funcionamento ou não nos sábados deixa a população confusa e frustrada, por só ter o sábado para resolver seus problemas que são quase impossíveis de serem resolvidos nos dias de semana.

Até mesmo os poupatempos não funcionam no sábado. E agora, nem ele mais temos por aqui.

Um sábado de movimento em todo lugar

Apesar de você conhecer uma infinidade de serviços que já funcionam sábado, inclusive na parte da tarde e a noite, espero que este post lhe ajude como uma reflexão.

A ideia aqui é pensar na quantidade de pessoas que, depois de 5 dias flutuando entre as cidades da região metropolitana, podem e desejam encontram serviços que as ajudem naquelas atividades que elas não tiveram como resolver no clássico “de segunda à sexta”.

Prefeitura, essa dica também é para vocês. Pensem no SÁBADO como um dia fundamental para integrar a população às atividades que elas não podem fazer nos dias de semana. Todos agradecemos.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

Sábado é um dos dias mais esperados por todos nós. Se você passa a semana na missão de ter que ir trabalhar, estudar ou procurar emprego, passando horas no transporte público, você sabe do que estou falando.

Aliás, se você passa o dia trabalhando em casa, ou mesmo com as tarefas domésticas e/ou cuidando das crianças ou idosos que estão sob sua responsabilidade, sabemos que sua vida semanal é tão assoberbada quanto a de quem trabalha fora.

Ainda sim, por que alguns serviços que poderiam funcionar nesse dia não acontecem? Cartórios, escritórios, postos de saúde (dia inteiro), hemonúcleos, profissionais liberais, por que o dia de sábado ainda é tão cultuado como “o dia do descanso”, com tantas necessidades semanais? Será que não há demanda?

A segurança das ruas para o comércio aos sábados

Quem é dona ou dono de Salão de Beleza sabe que sábado é o dia de maior movimento. Dependendo do local, é o dia que banca todos os outros. Desde que esse universo da beleza ganhou maior participação no comércio de serviços, trabalhadores e empresárias dessa área sabem bem que sábado não é dia de salão fechado.

Aos poucos, outros lojistas perceberam e seguiram a onda. Antes do surgimento dos hipermercados (tipo Carrefour, Guanabara), nem todos os mercados de bairro funcionavam nas tardes de sábado. Muito menos domingo, algo tão comum hoje em dia.

O surgimento dos shoppings

Há alguma poucas décadas atrás, o comércio de rua que mandava na dinâmica (em Alcântara isso acontece até hoje).

Não era incomum passar às 14 horas nas ruas e ver tudo fechado. Os shoppings mudaram esse costume. Com estruturas menos dependentes do fluxo das ruas, eles ocuparam as carências do fim de semana e promoveram o “passeio no shopping” como uma alternativa de lazer.

Tudo isso foi possível graças a um quesito: segurança.

A certeza de entrar em um lugar seguro, limpo, com ônibus passando na porta ou estacionamento com vagas, deu ao consumidor uma certeza de que era possível ir a um lugar no horário determinado e encontrar (quase tudo) o que quisesse.

Mas no comércio de rua, nada mudou. Quando um começa a fechar, é a hora de todos fecharem ao mesmo tempo. Salvo as corajosas padarias.

Pátio Alcântara é um shopping atípico nesse quesito. Ele é quem é regulado pelo comércio de rua, que é bem mais forte que a presença do shopping na região. Foto: Divulgação Dominus.

Prefeitura e serviços públicos não olham o sábado com carinho

Duas campanhas públicas nos chamaram a atenção pelos comentários e mensagens diretas com a pergunta “funciona no sábado?”. Para a DOAÇÃO DE SANGUE e VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA foi a mesma questão.

Um dos casos mais complicados é o funcionamento do hemonúcleo aos sábados. Com estoques de sangue sempre no limite, por que não se substitui um dos dias de semana pelos sábados?

Quando os programas de vacinação acontecem, a mesma pergunta é feita sempre. Curiosamente, a vacinação de cães e gatos, tradicionalmente, acontece nesse dia. Bem como as vacinações infantis em massa (quem não se lembra do Zé Gotinha?) Mas a dúvida sobre o funcionamento ou não nos sábados deixa a população confusa e frustrada, por só ter o sábado para resolver seus problemas que são quase impossíveis de serem resolvidos nos dias de semana.

Até mesmo os poupatempos não funcionam no sábado. E agora, nem ele mais temos por aqui.

Um sábado de movimento em todo lugar

Apesar de você conhecer uma infinidade de serviços que já funcionam sábado, inclusive na parte da tarde e a noite, espero que este post lhe ajude como uma reflexão.

A ideia aqui é pensar na quantidade de pessoas que, depois de 5 dias flutuando entre as cidades da região metropolitana, podem e desejam encontram serviços que as ajudem naquelas atividades que elas não tiveram como resolver no clássico “de segunda à sexta”.

Prefeitura, essa dica também é para vocês. Pensem no SÁBADO como um dia fundamental para integrar a população às atividades que elas não podem fazer nos dias de semana. Todos agradecemos.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

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