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Teremos comércio aberto quando os hospitais estiverem funcionando?

Teremos comércio aberto quando os hospitais estiverem funcionando?

Comércio aberto, comércio fechado. Março foi intenso. A quarentena que começou no terceiro mês de 2020 tinha o apoio de 3 em cada 4 pessoas quando iniciou. Até aquele momento, o futuro era uma incógnita.

Porém, com a eficácia da medida, as pessoas começaram a relaxar. E junto, vieram teorias conspiratórias, guerrinhas políticas, entre outras bobagens sem sentido quando o assunto é saúde pública. Manter o comércio aberto ou fechado virou (mais uma) ferramenta de polarização política.

Um mês depois da decretação da quarentena no Rio de Janeiro, já vimos prefeituras e estados tomando medidas de todas as naturezas para reduzir o estrago que o Corona Vírus está fazendo no mundo. E uma delas é a criação dos hospitais de campanha.

Construção do Hospital de Campanha de São Gonçalo no Mauá
Construção do Hospital de Campanha de São Gonçalo no Mauá. Crédito: Divulgação / Prefeitura de São Gonçalo

Será que teremos comércio aberto após o funcionamento dos hospitais de campanha?

Com a pressão que o governo federal está fazendo nos estados e municípios, aliada à descrença de muitas pessoas ao real dano do vírus, há uma tendência de que as lojas estejam abertas em breve. A quebradeira geral das empresas e a redução de renda de muitas pessoas fazem com que esse clamor só aumente.

E uma possível garantia para que a reabertura aconteça, poderá ser o início do funcionamento dos hospitais de campanha. Afinal, com mais leitos disponíveis, será possível internar as pessoas que precisem ser hospitalizadas.

Essa hipótese, entretanto, bate num ponto delicado: e se o contágio sair do controle? E se o nível de pessoas com CoronaVírus que precisarem ser hospitalizadas for muito maior que o previsto? Quem se responsabilizará pelo caos?

É sempre bom lembrar que muitos de nós, brasileiros, temos doenças como hipertensão, obesidade e diabetes bem antes de nos tornarmos idosos. Sendo assim, há vários grupos mais sensíveis que, não necessariamente, são idosos. E a circulação de pessoas nas ruas, mesmo que em fases, pode criar uma “segunda onda” de infectados.

E se isso acontecer, o resultado será um lockdown, ou seja, um fechamento ainda mais restritivo do comércio.

Ressalto sempre que, enquanto não tivermos testes, ficaremos discutindo como loucos. Estamos no escuro, com poucos raios de luz. O aumento na testagem, certamente, nos dará novas perspectivas.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

Comércio aberto, comércio fechado. Março foi intenso. A quarentena que começou no terceiro mês de 2020 tinha o apoio de 3 em cada 4 pessoas quando iniciou. Até aquele momento, o futuro era uma incógnita.

Porém, com a eficácia da medida, as pessoas começaram a relaxar. E junto, vieram teorias conspiratórias, guerrinhas políticas, entre outras bobagens sem sentido quando o assunto é saúde pública. Manter o comércio aberto ou fechado virou (mais uma) ferramenta de polarização política.

Um mês depois da decretação da quarentena no Rio de Janeiro, já vimos prefeituras e estados tomando medidas de todas as naturezas para reduzir o estrago que o Corona Vírus está fazendo no mundo. E uma delas é a criação dos hospitais de campanha.

Construção do Hospital de Campanha de São Gonçalo no Mauá
Construção do Hospital de Campanha de São Gonçalo no Mauá. Crédito: Divulgação / Prefeitura de São Gonçalo

Será que teremos comércio aberto após o funcionamento dos hospitais de campanha?

Com a pressão que o governo federal está fazendo nos estados e municípios, aliada à descrença de muitas pessoas ao real dano do vírus, há uma tendência de que as lojas estejam abertas em breve. A quebradeira geral das empresas e a redução de renda de muitas pessoas fazem com que esse clamor só aumente.

E uma possível garantia para que a reabertura aconteça, poderá ser o início do funcionamento dos hospitais de campanha. Afinal, com mais leitos disponíveis, será possível internar as pessoas que precisem ser hospitalizadas.

Essa hipótese, entretanto, bate num ponto delicado: e se o contágio sair do controle? E se o nível de pessoas com CoronaVírus que precisarem ser hospitalizadas for muito maior que o previsto? Quem se responsabilizará pelo caos?

É sempre bom lembrar que muitos de nós, brasileiros, temos doenças como hipertensão, obesidade e diabetes bem antes de nos tornarmos idosos. Sendo assim, há vários grupos mais sensíveis que, não necessariamente, são idosos. E a circulação de pessoas nas ruas, mesmo que em fases, pode criar uma “segunda onda” de infectados.

E se isso acontecer, o resultado será um lockdown, ou seja, um fechamento ainda mais restritivo do comércio.

Ressalto sempre que, enquanto não tivermos testes, ficaremos discutindo como loucos. Estamos no escuro, com poucos raios de luz. O aumento na testagem, certamente, nos dará novas perspectivas.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

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