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Reabertura do comércio sem hospitais de campanha é uma atitude ousada

Reabertura do comércio sem hospitais de campanha é uma atitude ousada

A Covid-19 avança em São Gonçalo e no Brasil. Os casos de óbito dobraram em 12 dias. Enquanto isso, um governo federal, incompetente, e um governo estadual, viciado em péssimas práticas na saúde, afundam a cada pessoa que se vai. A administração do município, falida e desmoralizada, enxuga gelo. Sabe que, quanto mais as coisas complicam, mais problemas cairão no seu colo, inevitavelmente.

Nesta última semana, a falta de planejamento ficou ainda mais evidente. Inclusive no nosso caso, com o hospital de campanha do Mauá. O secretário de saúde do estado deu uma declaração de que, talvez, não ficasse pronto. Afinal, o “o número de casos está diminuindo”. Mas, como, secretário? Se acabamos de entrar num crescimento veloz de óbitos diários?

Ah, uma explicação importantíssima: apesar do número de curados ser imenso, o número de óbitos serve como um marcador. Ou seja, um guia para entender a evolução dos casos no Brasil.

Por conta da completa falta de planejamento e integração entre os governos, municípios estão rendidos. Muitos, pressionados por todos os lados, estão prestes a liberar o comércio. Porém, sem hospitais funcionando a pleno vapor.

Reabertura do comércio, quando acontecerá?

Hospitais de campanha seriam fundamentais para absorver o fluxo de pessoas infectadas, decorrente das reaberturas. O índice de hospitalização da Covid-19 é alto. E num país como o Brasil, onde a infecção cresce, há a possibilidade de que lotemos hospitais. Isso significaria inviabilizar o sistema de saúde. O conhecido colapso.

O vírus está mostrando que não há privilegiados nessa guerra. Essa semana, levou o médico e ex-vereador Augusto Senna, e o ex-policial e deputado estadual Gil Vianna, de Campos. Aliás, em São Gonçalo, em 3 dias morreram 3 médicos. Todos no front de atendimento.

E para mostrar como o cenário está pré-crítico, essa semana, uma médica do hospital de campanha do Maracanã, único em funcionamento, pediu demissão e publicou um vídeo denunciando as péssimas condições de trabalho.

Estamos vivendo um festival de incompetências. Há pessoas pondo ideologias à frente da vida humana. E outras que parecem ter lançado à própria sorte o futuro de nossos filhos, sobrinhos, primos, netos. Ou seja, da próxima geração que está porvir.

E dependendo do estrago, vamos demorar a nos reconstruir. Proteja-se!

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

A Covid-19 avança em São Gonçalo e no Brasil. Os casos de óbito dobraram em 12 dias. Enquanto isso, um governo federal, incompetente, e um governo estadual, viciado em péssimas práticas na saúde, afundam a cada pessoa que se vai. A administração do município, falida e desmoralizada, enxuga gelo. Sabe que, quanto mais as coisas complicam, mais problemas cairão no seu colo, inevitavelmente.

Nesta última semana, a falta de planejamento ficou ainda mais evidente. Inclusive no nosso caso, com o hospital de campanha do Mauá. O secretário de saúde do estado deu uma declaração de que, talvez, não ficasse pronto. Afinal, o “o número de casos está diminuindo”. Mas, como, secretário? Se acabamos de entrar num crescimento veloz de óbitos diários?

Ah, uma explicação importantíssima: apesar do número de curados ser imenso, o número de óbitos serve como um marcador. Ou seja, um guia para entender a evolução dos casos no Brasil.

Por conta da completa falta de planejamento e integração entre os governos, municípios estão rendidos. Muitos, pressionados por todos os lados, estão prestes a liberar o comércio. Porém, sem hospitais funcionando a pleno vapor.

Reabertura do comércio, quando acontecerá?

Hospitais de campanha seriam fundamentais para absorver o fluxo de pessoas infectadas, decorrente das reaberturas. O índice de hospitalização da Covid-19 é alto. E num país como o Brasil, onde a infecção cresce, há a possibilidade de que lotemos hospitais. Isso significaria inviabilizar o sistema de saúde. O conhecido colapso.

O vírus está mostrando que não há privilegiados nessa guerra. Essa semana, levou o médico e ex-vereador Augusto Senna, e o ex-policial e deputado estadual Gil Vianna, de Campos. Aliás, em São Gonçalo, em 3 dias morreram 3 médicos. Todos no front de atendimento.

E para mostrar como o cenário está pré-crítico, essa semana, uma médica do hospital de campanha do Maracanã, único em funcionamento, pediu demissão e publicou um vídeo denunciando as péssimas condições de trabalho.

Estamos vivendo um festival de incompetências. Há pessoas pondo ideologias à frente da vida humana. E outras que parecem ter lançado à própria sorte o futuro de nossos filhos, sobrinhos, primos, netos. Ou seja, da próxima geração que está porvir.

E dependendo do estrago, vamos demorar a nos reconstruir. Proteja-se!

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

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