Em 20 de novembro, comemoramos o dia da consciência Negra, que dedicamos à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Segundo o último censo, São Gonçalo é uma das cidades com muitos negros e pardos no país, sendo quase 56% de toda população gonçalense.
Com muito orgulho, somos uma cidade de negros. Gostaria de homenagear cada um desses que contribuem para a cultura gonçalense falando de um nome que elevou a cidade para o Brasil e para o mundo. Altay Veloso da Silva, esse apaixonado pela cultura negra, nasceu aqui em São Gonçalo, em 26 de fevereiro de 1951. Filho de jongueiro e sacerdotisa de culto africano, começou a estudar violão e acordeão aos 17 anos, influenciado também pelo avô acordeonista. Aos 21 anos, fez sua primeira composição, o que lhe rendeu participar de algumas das bandas mais prestigiadas do Rio de Janeiro.
Altay tem quase 500 composições gravadas por nomes como Roberto Carlos, Nana Caymmi, Elymar Santos entre outros. Na visita de Nelson Mandela ao Brasil, cantou com Alcione sua composição “Sintonia da Paz”, feita para o líder Sul-Africano.
Altay, também escreveu a obra literária “Alabê de Jerusalém”, que conta a história do africano Ogundana que é Alabê, o responsável por zelar pelos instrumentos musicais da tribo que, após peregrinar pela África e Europa, casou-se com Judith, prima de Maria Madalena, em Israel. A obra foi transformada em ópera, contando com um elenco de 32 bailarinos, 18 cantores e 10 técnicos de som, sendo encenada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, tendo o próprio Altay como Alabê.
Parabéns a todos os negros, pardos, brancos e índios que se misturam e vivem na nossa terra com respeito e sem nenhum preconceito. Nossa gente não tem só consciência negra.
NOSSA GENTE TEM CONSCIÊNCIA!