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Dicas de imagem para pessoas públicas que recebem salário do governo

Dicas de imagem para pessoas públicas que recebem salário do governo

Se expor nas redes sociais é algo corriqueiro hoje em dia. Entretanto, é preciso entender como aparecer se você é uma pessoa pública.

Políticos e políticas da cidade (e região), este post é para vocês. Levem-no como uma consultoria de imagem gratuita. Isso se vocês quiserem algo a mais que uma cadeirinha de vereador ou um cargo nas secretarias, é claro.

Se sua intenção for apenas manter seu emprego público temporário, desconsidere. Até mais!

Mas se você deseja prosseguir com a sua “vida pública” de forma coerente com a realidade brasileira, continue aqui.

Mapeando comportamentos na internet

A coisa mais valiosa na internet são os dados. E como vimos no fenômeno estadunidense Trump, essas análises de dados podem levar a decisões estratégicas que auxiliam na vitória de uma eleição.

Para você que é leigo no assunto, saiba que todas as suas informações fazem parte de um grande bolo de dados que serve para duas coisas: gerar compras e votos.

Sabendo disso, seria prudente pensar 70 vezes antes de publicar qualquer coisa na web.

Porém, os robôs da internet só querem saber suas preferências pessoais. Já as pessoas reais… essas querem saber o que você está fazendo.

E se você for uma pessoa pública que recebe salário do município… é possível que quem banca com impostos uma situação de vida, não fique muito contente em ver e não compartilhar daquilo.

Em suma: se você se dispõe a ser uma pessoa pública, precisa pensar 70 vezes 7.

Mas, será por quê?

Riqueza vs Pobreza brasileira

Não sei se vocês sabem, mas 46% dos brasileiros têm renda familiar de até R$1.356. Na prática, pouco mais de 1 salário mínimo. A faixa de renda seguinte não vai muito além. Somando, são cerca de 66% das famílias brasileiras ganhando até 2.034 reais.

Índice de Renda no Brasil segundo o Datafoha/2013.
Fonte: Datafolha/2013. Obs.: A soma não chega a 100%, pois parte dos entrevistados se nega a declarar a renda.

Agora veja: como lidar com a situação de ver vereadores ganhando 15.000 reais, fazendo parte dos 1% mais ricos do Brasil? E os secretários e subsecretários? Como saber que estes estão na faixa dos 4% mais ricos, sendo que esta é bancada pelo erário do município nutrido pelos impostos?

Difícil, não é?

Agora, um segredo que vou contar só para você: essa pesquisa foi feita em 2013. Sim, aquele último ano financeiramente bom no Brasil.

Se em 2013 estávamos assim, nesse nível de desigualdade, o que dizer de 2017, em meio à uma crise econômica? O que você acha que está acontecendo com essa pirâmide de renda, hein?

O fato é que com esses índices recordes de desemprego, a base deva estar maior.

Mas, e daí? Não devo mostrar minha vida?

Bem, se você é uma pessoa pública, que se envolveu no processo eleitoral e recebe uma fatia do orçamento público, minha resposta vem com uma pergunta:

“você se sente bem expondo seus hábitos de consumo, recebendo um alto salário num cargo público bancado por impostos de gente que ganha tão pouco?”

Se as pessoas fossem funcionárias públicas, que passaram no concurso e tal, mesmo eu não concordando com a distorção dos salários pagos no Brasil, ainda sim, eu defenderia seu direito de se expor. Afinal, tudo foi alcançado às custas de seus esforços.

Mas quando políticos e políticas, beneficiados por contatos pessoais e familiares, recebem salários que os deixam na faixa dos 5%, desculpe… mas vocês precisam redobrar a atenção na hora de mostrar seus hábitos e suas vidas.

Ainda acham que não? Então perguntem aos 66% das famílias brasileiras. E em se tratando de São Gonçalo, Itaboraí, o número deve proporcionalmente ainda maior.

Então, o que fazer pessoas públicas?

A dica básica é fechar suas redes sociais. Se seus dedos coçam na hora de mostrar que estão no Shopping X, no Restaurante Y ou no lugar Z, basta fechar seus perfis para seus amigos apenas. Aqueles que lhe conhecem e desejam compartilhar da sua vida com vocês.

Se você acha que é tranquilo, continue. Em tempos de Lava-Jato, onde a imagem de políticos e envolvidos no meio está imunda, talvez seja prudente refletir qual o comportamento nas redes sociais (e fora delas) de uma pessoa pública que recebe um generoso salário municipal. Eu pensaria umas… 70 vezes 7.

O bom senso agradece.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

Se expor nas redes sociais é algo corriqueiro hoje em dia. Entretanto, é preciso entender como aparecer se você é uma pessoa pública.

Políticos e políticas da cidade (e região), este post é para vocês. Levem-no como uma consultoria de imagem gratuita. Isso se vocês quiserem algo a mais que uma cadeirinha de vereador ou um cargo nas secretarias, é claro.

Se sua intenção for apenas manter seu emprego público temporário, desconsidere. Até mais!

Mas se você deseja prosseguir com a sua “vida pública” de forma coerente com a realidade brasileira, continue aqui.

Mapeando comportamentos na internet

A coisa mais valiosa na internet são os dados. E como vimos no fenômeno estadunidense Trump, essas análises de dados podem levar a decisões estratégicas que auxiliam na vitória de uma eleição.

Para você que é leigo no assunto, saiba que todas as suas informações fazem parte de um grande bolo de dados que serve para duas coisas: gerar compras e votos.

Sabendo disso, seria prudente pensar 70 vezes antes de publicar qualquer coisa na web.

Porém, os robôs da internet só querem saber suas preferências pessoais. Já as pessoas reais… essas querem saber o que você está fazendo.

E se você for uma pessoa pública que recebe salário do município… é possível que quem banca com impostos uma situação de vida, não fique muito contente em ver e não compartilhar daquilo.

Em suma: se você se dispõe a ser uma pessoa pública, precisa pensar 70 vezes 7.

Mas, será por quê?

Riqueza vs Pobreza brasileira

Não sei se vocês sabem, mas 46% dos brasileiros têm renda familiar de até R$1.356. Na prática, pouco mais de 1 salário mínimo. A faixa de renda seguinte não vai muito além. Somando, são cerca de 66% das famílias brasileiras ganhando até 2.034 reais.

Índice de Renda no Brasil segundo o Datafoha/2013.
Fonte: Datafolha/2013. Obs.: A soma não chega a 100%, pois parte dos entrevistados se nega a declarar a renda.

Agora veja: como lidar com a situação de ver vereadores ganhando 15.000 reais, fazendo parte dos 1% mais ricos do Brasil? E os secretários e subsecretários? Como saber que estes estão na faixa dos 4% mais ricos, sendo que esta é bancada pelo erário do município nutrido pelos impostos?

Difícil, não é?

Agora, um segredo que vou contar só para você: essa pesquisa foi feita em 2013. Sim, aquele último ano financeiramente bom no Brasil.

Se em 2013 estávamos assim, nesse nível de desigualdade, o que dizer de 2017, em meio à uma crise econômica? O que você acha que está acontecendo com essa pirâmide de renda, hein?

O fato é que com esses índices recordes de desemprego, a base deva estar maior.

Mas, e daí? Não devo mostrar minha vida?

Bem, se você é uma pessoa pública, que se envolveu no processo eleitoral e recebe uma fatia do orçamento público, minha resposta vem com uma pergunta:

“você se sente bem expondo seus hábitos de consumo, recebendo um alto salário num cargo público bancado por impostos de gente que ganha tão pouco?”

Se as pessoas fossem funcionárias públicas, que passaram no concurso e tal, mesmo eu não concordando com a distorção dos salários pagos no Brasil, ainda sim, eu defenderia seu direito de se expor. Afinal, tudo foi alcançado às custas de seus esforços.

Mas quando políticos e políticas, beneficiados por contatos pessoais e familiares, recebem salários que os deixam na faixa dos 5%, desculpe… mas vocês precisam redobrar a atenção na hora de mostrar seus hábitos e suas vidas.

Ainda acham que não? Então perguntem aos 66% das famílias brasileiras. E em se tratando de São Gonçalo, Itaboraí, o número deve proporcionalmente ainda maior.

Então, o que fazer pessoas públicas?

A dica básica é fechar suas redes sociais. Se seus dedos coçam na hora de mostrar que estão no Shopping X, no Restaurante Y ou no lugar Z, basta fechar seus perfis para seus amigos apenas. Aqueles que lhe conhecem e desejam compartilhar da sua vida com vocês.

Se você acha que é tranquilo, continue. Em tempos de Lava-Jato, onde a imagem de políticos e envolvidos no meio está imunda, talvez seja prudente refletir qual o comportamento nas redes sociais (e fora delas) de uma pessoa pública que recebe um generoso salário municipal. Eu pensaria umas… 70 vezes 7.

O bom senso agradece.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

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