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E o Pezão garantiu…

E o Pezão garantiu…

Então pessoal, boa tarde (dia ou noite – depende da hora que você vai ler esse texto). Recebi de um amigo a coluna da jornalista Berenice Seara do Jornal Extra, onde a mesma trazia uma boa notícia para nosso caro município. Lá estava: “Com o prefeito Neilton Mulim, ele ( Pezão – candidato do atual governador Sérgio Cabral ao governo do Rio de Janeiro ) falou em construção de escolas […]”. Bem, como professor sou totalmente favorável a construção de escolas. Como cidadão, sou amplamente favorável ao desenvolvimento do bairro do Colubandê e como pesquisador sou crítico com a utilização da Fazenda Colubandê de tal forma.

Usar a Fazenda Colubandê como escola seria um perigo? Sim, seria. Mas não pelo fato dela ser um Patrimônio Histórico. O que muito me incomoda é usar a Fazenda, patrimônio reconhecido pelo Iphan e modelo raro de fazenda colonial em perímetro urbano, como palanque político. Ok, ingenuidade minha achar que tal ato não ocorre, mas tem horas que é preciso muito óleo de peroba para passar na cara de pau de alguns.

Projetos para nossa digníssima fazenda existem desde o final da década de 50. Era interesse na época que o local fosse transformado num museu rural. Seria bacana ainda se possuíssemos os móveis de época e que ali os moradores e visitantes aprendessem um pouco sobre a importância deste patrimônio, mas também de São Gonçalo como um lugar repleto de história. O projeto não foi pra frente e ela foi sendo utilizada para fins particulares e espaço administrativo de diferentes órgãos até a saída do Batalhão Florestal.

E só agora uma breve luz se debruça sobre a Fazenda. Propostas sérias de projetos, pontos de memória e cultura começam a ser postos a vistas e tratados com seriedade. A possibilidade de reabertura da mesma como um abrigo para diferentes caminhos da cultura é o norte que muitos no município esperam. Depois de tantos anos de abandono e descaso, a Fazenda Colubandê merece ter esse destino. Muito mais bonita ela iluminada e recebendo a população, que se emociona de modo sincero com sua beleza, história e imponência natural, do que servindo de palanque para cabralinos chegarem fazendo politicagem. Tá feio. Muito feio.

Mas ainda existe salvação.

Luciano Tardock
Luciano Tardockhttp://www.facebook.com/memoriasg
Luciano Tardock é professor. Mestre em História e entusiasta das causas do patrimônio histórico e cultural e dos debates sobre São Gonçalo. É desenvolvedor da página Memória de São Gonçalo, colaborador dos blogs Tafulhar, Agência PapaGoiaba e da página Sim São Gonçalo. Escreve semanalmente para o Jornal Extra no Caderno Mais São Gonçalo sobre a história do município.

Então pessoal, boa tarde (dia ou noite – depende da hora que você vai ler esse texto). Recebi de um amigo a coluna da jornalista Berenice Seara do Jornal Extra, onde a mesma trazia uma boa notícia para nosso caro município. Lá estava: “Com o prefeito Neilton Mulim, ele ( Pezão – candidato do atual governador Sérgio Cabral ao governo do Rio de Janeiro ) falou em construção de escolas […]”. Bem, como professor sou totalmente favorável a construção de escolas. Como cidadão, sou amplamente favorável ao desenvolvimento do bairro do Colubandê e como pesquisador sou crítico com a utilização da Fazenda Colubandê de tal forma.

Usar a Fazenda Colubandê como escola seria um perigo? Sim, seria. Mas não pelo fato dela ser um Patrimônio Histórico. O que muito me incomoda é usar a Fazenda, patrimônio reconhecido pelo Iphan e modelo raro de fazenda colonial em perímetro urbano, como palanque político. Ok, ingenuidade minha achar que tal ato não ocorre, mas tem horas que é preciso muito óleo de peroba para passar na cara de pau de alguns.

Projetos para nossa digníssima fazenda existem desde o final da década de 50. Era interesse na época que o local fosse transformado num museu rural. Seria bacana ainda se possuíssemos os móveis de época e que ali os moradores e visitantes aprendessem um pouco sobre a importância deste patrimônio, mas também de São Gonçalo como um lugar repleto de história. O projeto não foi pra frente e ela foi sendo utilizada para fins particulares e espaço administrativo de diferentes órgãos até a saída do Batalhão Florestal.

E só agora uma breve luz se debruça sobre a Fazenda. Propostas sérias de projetos, pontos de memória e cultura começam a ser postos a vistas e tratados com seriedade. A possibilidade de reabertura da mesma como um abrigo para diferentes caminhos da cultura é o norte que muitos no município esperam. Depois de tantos anos de abandono e descaso, a Fazenda Colubandê merece ter esse destino. Muito mais bonita ela iluminada e recebendo a população, que se emociona de modo sincero com sua beleza, história e imponência natural, do que servindo de palanque para cabralinos chegarem fazendo politicagem. Tá feio. Muito feio.

Mas ainda existe salvação.

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Luciano Tardock é professor. Mestre em História e entusiasta das causas do patrimônio histórico e cultural e dos debates sobre São Gonçalo. É desenvolvedor da página Memória de São Gonçalo, colaborador dos blogs Tafulhar, Agência PapaGoiaba e da página Sim São Gonçalo. Escreve semanalmente para o Jornal Extra no Caderno Mais São Gonçalo sobre a história do município.

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