Mesmo sem representação efetiva no Congresso e na Alerj, São Gonçalo se mostra renovadora mais uma vez. Nossa 16ª maior cidade do Brasil deu 307.577 votos ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o que corresponde a 67,35% dos votos válidos. Já Fernando Haddad (PT) recebeu 32,65% dos sufrágios dados pelos 149.075 eleitores. Assim se confirmou a vitória do candidato que se mostrou oposição ao sistema atual.
![](https://i0.wp.com/simsaogoncalo.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Screen-Shot-2018-10-30-at-10.06.37-AM.png?resize=537%2C92&ssl=1)
![Jair Bolsonaro vota no Rio de Janeiro](https://i0.wp.com/simsaogoncalo.com.br/wp-content/uploads/2018/10/2018-10-jair-bolsonaro-vota-turno-2.jpg?resize=696%2C502&ssl=1)
Já no Governo do Estado, o estreante Wilson Witzel recebeu votação similar na cidade. Surpresa nas urnas, Witzel confirmou uma tendência já apontada por aqui, sobre esse ser o momento perfeito para a eleição de um governante Gonçalense. O eleito recebeu 274.054 votos, ante os 141.227 sufrágios recebidos pelo ex-prefeito do Rio (2009–2016), Eduardo Paes.
O cenário eleitoral de 2018 revelou eleitores mais “renovadores” nos pleitos executivos e legislativos. Mas isso não é novidade em São Gonçalo. Afinal, essa tradição de renovação no executivo não é recente por aqui.
![Wilson Witzel (PSC) eleito governador do RJ](https://i0.wp.com/simsaogoncalo.com.br/wp-content/uploads/2018/10/2018-10-wilson-witzel-aponta-vitoria.jpg?resize=696%2C464&ssl=1)
Renovação no executivo não é novidade por aqui
Nas eleições para prefeitura de São Gonçalo, as viradas e não reeleições são comuns. O que confirma a tendência dos votos gonçalenses nos candidatos que se apresentaram “anti-sistema” este ano.
No retrospecto dos últimos 18 anos, o ponto fora da curva é a eleição de 2008, com Aparecida Panisset sendo reeleita em 1º turno. Antes disso, as eleições de 1989 (primeira vigorando a Nova Constituição) a 1996 foram dominadas pelo PDT, com Ezequiel Matos (89), João Bravo (92) e Ezequiel novamente (96). Confira o histórico:
Eleições 2000: Dr. Charles ganhou de Ezequiel Mattos, prefeito em exercício que tentava reeleição;
Eleições 2004: A deputada estadual Aparecida Panisset ganha do prefeito Dr. Charles, impedindo a reeleição do mesmo.
Eleições 2008: O pleito diferente. Aparecida Panisset é reeleita em 1º turno;
Eleiçoes 2012: o candidato Adolfo Konder, apoiado por Panisset, após ter ganho o 1º turno com 42% dos votos, toma uma virada no 2º turno do deputado federal Neilton Mulim.
Eleições 2016: Neilton Mulim tenta a reeleição, mas chega em 3º lugar, sendo superado por dois outros candidatos que vão ao segundo turno. O resultado foi a vitória do deputado estadual José Luiz Nanci à prefeitura gonçalense.
Por este histórico, não é preciso dizer que São Gonçalo fará mais uma eleição cheia de surpresas em 2020. A cidade que já vota pró-renovação há tempos, talvez fique ainda mais embalada pela eleição 2018. Mas agora, além da renovação no executivo, o mais esperado é que o legislativo também seja passado a limpo.
É aguardar para ver.