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Executivo despreza a Cultura

Executivo despreza a Cultura

O povo gonçalense ignora a história da sua formação, desconhece suas qualidades profissionais e a própria capacidade artística. Deficiência grave, claramente compreendida: a Cultura é mais um setor público abandonado pelo Executivo, sem planejamento, de orçamento ínfimo e baixa qualificação técnica.

Para o governo Mulim, liderado por um professor, Cultura não é importante. O orçamento da pasta é de R$ 1,2 milhão (apenas 0,1% do total gasto pelo município em 2015), colocando o setor entre as quatro secretarias menos favorecidas e de menor capacidade de investimento, visto que os gastos exorbitantes com pessoal – gente desqualificada e desnecessária – e eventos fixos do calendário anual, que não valorizam a produção artística gonçalense, consomem praticamente toda a verba.

Ao Gabinete do Prefeito, no entanto, chefiado pela irmã de Mulim, a Prefeitura destina R$ 3,5 milhões por ano, quase três vezes mais do que a Cultura recebe. O que faz o Gabinete com tanto dinheiro? Longe de desenvolver pesquisas científicas em benefício do população, suas funções são assessorar o prefeito, assessorá-lo mais um pouco e eventualmente assessorá-lo de novo.

O descaso é ainda mais ofensivo: há sete meses o Executivo se sentou e reteve embaixo de si mesmo a proposta de criação do Plano Municipal de Cultura, documento que visa estruturar o aparelho e a oferta cultural do município, inserido no contexto nacional. Nas mãos da corja incompetente que domina seu cenário político, São Gonçalo é mantida de propósito imersa na ignorância.

Como se não bastasse tanto desprezo, neste mês de setembro a Prefeitura deveria prontificar e entregar aos gonçalenses dois Centros de Artes e Esportes Unificados (CEUs), um em Neves, outro no Colubandê. Entre outros benefícios, os CEUs oferecem lazer e serviços para promoção da cidadania em territórios de alta vulnerabilidade social, contudo, apesar de contar com verbas federais de mais de R$ 7 milhões, a construção dos CEUs municipais estagnou no estágio inicial.

A alienação generalizada estimulada pelo Governo prejudica o estabelecimento de respostas para uma pergunta simples: o que significa ser gonçalense? É um conceito quase inexistente, nos falta uma imagem pública positiva, carecemos de identidade. Certamente é algo maior do que simplesmente nascer ou viver em São Gonçalo.

Mário Lima Jr.
Mário Lima Jr.http://mariolimajr.com
Moro em São Gonçalo e toda semana escrevo sobre minha relação com a cidade.

O povo gonçalense ignora a história da sua formação, desconhece suas qualidades profissionais e a própria capacidade artística. Deficiência grave, claramente compreendida: a Cultura é mais um setor público abandonado pelo Executivo, sem planejamento, de orçamento ínfimo e baixa qualificação técnica.

Para o governo Mulim, liderado por um professor, Cultura não é importante. O orçamento da pasta é de R$ 1,2 milhão (apenas 0,1% do total gasto pelo município em 2015), colocando o setor entre as quatro secretarias menos favorecidas e de menor capacidade de investimento, visto que os gastos exorbitantes com pessoal – gente desqualificada e desnecessária – e eventos fixos do calendário anual, que não valorizam a produção artística gonçalense, consomem praticamente toda a verba.

Ao Gabinete do Prefeito, no entanto, chefiado pela irmã de Mulim, a Prefeitura destina R$ 3,5 milhões por ano, quase três vezes mais do que a Cultura recebe. O que faz o Gabinete com tanto dinheiro? Longe de desenvolver pesquisas científicas em benefício do população, suas funções são assessorar o prefeito, assessorá-lo mais um pouco e eventualmente assessorá-lo de novo.

O descaso é ainda mais ofensivo: há sete meses o Executivo se sentou e reteve embaixo de si mesmo a proposta de criação do Plano Municipal de Cultura, documento que visa estruturar o aparelho e a oferta cultural do município, inserido no contexto nacional. Nas mãos da corja incompetente que domina seu cenário político, São Gonçalo é mantida de propósito imersa na ignorância.

Como se não bastasse tanto desprezo, neste mês de setembro a Prefeitura deveria prontificar e entregar aos gonçalenses dois Centros de Artes e Esportes Unificados (CEUs), um em Neves, outro no Colubandê. Entre outros benefícios, os CEUs oferecem lazer e serviços para promoção da cidadania em territórios de alta vulnerabilidade social, contudo, apesar de contar com verbas federais de mais de R$ 7 milhões, a construção dos CEUs municipais estagnou no estágio inicial.

A alienação generalizada estimulada pelo Governo prejudica o estabelecimento de respostas para uma pergunta simples: o que significa ser gonçalense? É um conceito quase inexistente, nos falta uma imagem pública positiva, carecemos de identidade. Certamente é algo maior do que simplesmente nascer ou viver em São Gonçalo.

Mário Lima Jr.
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