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Guarda Municipal Armada em SG: uma discussão que vai além do porte de armas

Guarda Municipal Armada em SG: uma discussão que vai além do porte de armas

Até a publicação desse texto, 112 policias morreram esse ano no Rio de Janeiro. São mortes por atentatos, assaltos e outras causas ligadas diretamente ao seu trabalho. Peço que antes de ler esse texto, perca sua farda de “bandido bom é bandido morto” ou de “fascistas não passarão“.

Por conta da escalada da violência, muitos municípios começaram a discutir sobre a militarização da guarda municipal. O procedimento e o raciocínio feito é de que existirá um grupo que será treinado durante um período pré-estabelecido para saber lidar com o porte e que isso facilitará a ação desses profissionais para atender pequenos casos que a arma seja necessária.

Ao mesmo tempo que entendo a reflexão, discordo desse uso armado da guarda por conta dos desdobramentos que isso trará. Colocar uma arma na mão de um determinado grupo de profissionais, mesmo que seja com um rigoroso processo de formação é muito arriscado pois hoje os guardas não são vistos como “perigosos” para o crime organizado e após um programa que garante esse porte, podem ficar vulneráveis no seu dia a dia como são os policiais.

Armar a Guarda Municipal é assumir que a polícia não tem estrutura para lidar com a questão da segurança pública. E mesmo eu concordando que a polícia militar não tem a estrutura correta para cuidar dessa segurança, entendo que todo o dinheiro gasto com armamento e treinamento para a guarda deveria ser encaminhada para programas de fortalecimento da PM.

Se os municípios querem assumir a responsabilidade pelo combate ao tráfico, combate aos assaltos e outras violências, o melhor caminho deveria entender as demandas locais das polícias militares e civis e criar convênios e teremos cooperação.

Armar um Guarda Municipal é torná-lo vulnerável caso ele more num bairro comandado por alguma facção criminosa. Armar um Guarda Municipal é torná-lo vulnerável num assalto, pois caso alguém o identifique como guarda, o bandido poderia atirar partido do pré-suposto que ele está armado. Armar um Guarda Municipal é colocar sua vida numa conta de uma guerra que ele não está diretamente ligado.

O problema de Segurança Pública não vai melhorar com a Guarda Municipal das cidades armada.

O problema da Segurança Pública é o péssimo investimento nos policiais que ganham mal e que são colocados no meio de uma guerra para matar e morrer. O problema da segurança são os péssimos investimentos em cultura e educação. O problema da segurança é a falta de oportunidades para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Para deixar claro, sou contra que a Guarda Municipal tenha porte de armas. Sou a favor de que todos os investimentos feitos para isso nas cidades seja encaminhado para programas de fortalecimento da Polícia Militar, Polícia Civil e órgãos de investigação. O trabalho complementar que a Guarda cumpre para a Segurança Pública não pode ser um trabalho de substituição dos órgãos que já o fazem.

Depois de ler o texto, você ainda pode ficar nessa de “bandido bom é bandido morto”, de “quero o fim da PM”, etc, etc, etc. Fique sabendo que sua frase performática não contribui em nada. Vá nas audiências públicas, leia experiências de outros municípios e discuta isso na sua cidade. É importante

Romário Régis
Romário Régishttp://agenciapapagoiaba.com/
Romario Regis é diretor da agência Papagoiaba, dedicada à produção e comunicação de conteúdo que dê visibilidade para as potências socioculturais do Leste Fluminense.

Até a publicação desse texto, 112 policias morreram esse ano no Rio de Janeiro. São mortes por atentatos, assaltos e outras causas ligadas diretamente ao seu trabalho. Peço que antes de ler esse texto, perca sua farda de “bandido bom é bandido morto” ou de “fascistas não passarão“.

Por conta da escalada da violência, muitos municípios começaram a discutir sobre a militarização da guarda municipal. O procedimento e o raciocínio feito é de que existirá um grupo que será treinado durante um período pré-estabelecido para saber lidar com o porte e que isso facilitará a ação desses profissionais para atender pequenos casos que a arma seja necessária.

Ao mesmo tempo que entendo a reflexão, discordo desse uso armado da guarda por conta dos desdobramentos que isso trará. Colocar uma arma na mão de um determinado grupo de profissionais, mesmo que seja com um rigoroso processo de formação é muito arriscado pois hoje os guardas não são vistos como “perigosos” para o crime organizado e após um programa que garante esse porte, podem ficar vulneráveis no seu dia a dia como são os policiais.

Armar a Guarda Municipal é assumir que a polícia não tem estrutura para lidar com a questão da segurança pública. E mesmo eu concordando que a polícia militar não tem a estrutura correta para cuidar dessa segurança, entendo que todo o dinheiro gasto com armamento e treinamento para a guarda deveria ser encaminhada para programas de fortalecimento da PM.

Se os municípios querem assumir a responsabilidade pelo combate ao tráfico, combate aos assaltos e outras violências, o melhor caminho deveria entender as demandas locais das polícias militares e civis e criar convênios e teremos cooperação.

Armar um Guarda Municipal é torná-lo vulnerável caso ele more num bairro comandado por alguma facção criminosa. Armar um Guarda Municipal é torná-lo vulnerável num assalto, pois caso alguém o identifique como guarda, o bandido poderia atirar partido do pré-suposto que ele está armado. Armar um Guarda Municipal é colocar sua vida numa conta de uma guerra que ele não está diretamente ligado.

O problema de Segurança Pública não vai melhorar com a Guarda Municipal das cidades armada.

O problema da Segurança Pública é o péssimo investimento nos policiais que ganham mal e que são colocados no meio de uma guerra para matar e morrer. O problema da segurança são os péssimos investimentos em cultura e educação. O problema da segurança é a falta de oportunidades para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Para deixar claro, sou contra que a Guarda Municipal tenha porte de armas. Sou a favor de que todos os investimentos feitos para isso nas cidades seja encaminhado para programas de fortalecimento da Polícia Militar, Polícia Civil e órgãos de investigação. O trabalho complementar que a Guarda cumpre para a Segurança Pública não pode ser um trabalho de substituição dos órgãos que já o fazem.

Depois de ler o texto, você ainda pode ficar nessa de “bandido bom é bandido morto”, de “quero o fim da PM”, etc, etc, etc. Fique sabendo que sua frase performática não contribui em nada. Vá nas audiências públicas, leia experiências de outros municípios e discuta isso na sua cidade. É importante

Romário Régis
Romário Régishttp://agenciapapagoiaba.com/
Romario Regis é diretor da agência Papagoiaba, dedicada à produção e comunicação de conteúdo que dê visibilidade para as potências socioculturais do Leste Fluminense.

1 COMENTÁRIO

  1. Eu discordo em parte dk que vc disse, referente ao armar a GMSG. Garoto, em muitas cidades do país o efetivo das Policias são insuficientes, tendo maior efetivo da GM, e nesses lugares é feita operações em conjunto. Aqui no Estado do Rio é diferente, pois tem muito babaovo de Policiais como vc, onde só quer melhorias para essa categoria ( como vc disse empregar o dinheiro da Prefeitura nas Policias) , pq não investir nos GCMs, treinar e capicitar Sem mais.. Baba ovo!

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  1. Eu discordo em parte dk que vc disse, referente ao armar a GMSG. Garoto, em muitas cidades do país o efetivo das Policias são insuficientes, tendo maior efetivo da GM, e nesses lugares é feita operações em conjunto. Aqui no Estado do Rio é diferente, pois tem muito babaovo de Policiais como vc, onde só quer melhorias para essa categoria ( como vc disse empregar o dinheiro da Prefeitura nas Policias) , pq não investir nos GCMs, treinar e capicitar Sem mais.. Baba ovo!

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