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O fantasma do padre da capela

O fantasma do padre da capela

Levantei cedo, peguei o jornal e meus olhos se encheram de lágrimas com a notícia: as luzes da Fazenda Colubandê se acenderiam às 19 horas.

OBA!!! Tirei da gaveta a minha melhor camisa. Fiz a barba como se me preparasse para um evento de gala. E é mesmo um evento de gala. Para mim, a valorização da história e do nosso patrimônio é mais importante do que qualquer outro evento, desses onde mulheres desfilam com seus saltos altíssimos e seus vestidos de brilho, que ofuscam os olhos de quem vê, e homens passeiam pelo salão com seus ternos de puro linho, como se tivessem o rei na barriga.

Enfim, eu estava lá com a minha família na hora marcada. Marcada não, cheguei meia hora mais cedo para não perder nenhum detalhe do acionamento dos disjuntores até a iluminação por completo.

A hora foi passando e cada vez mais a comunidade do entorno da fazenda chegava. Eram famílias inteiras. Com ouvido atento, me alegrava com cada história contada sobre a beleza e o que a fazenda representava para cada um ali.

Deu meia hora, uma hora e nada do brilho saltar os olhos. Até que ouço de um e de outro que, por determinação da prefeitura, as luzes não iriam se acender. Ué, mas estava no jornal! Será que é pegadinha do malandro gonçalense?

Já estava xingando todas as gerações do prefeito, quando mais que de repente as luzes da capela se acendem! No instinto, olhei para minha filha ,que tinha no rosto um sorriso e o verde do brilho das luzes. Ela olhou pra mim como se dissesse “agora vai”.

Não demorou 5 minutos e as luzes de LED se acenderam, moldando cada detalhe do casarão e da capela.

As famílias se abraçaram, aplaudiram e curtiram de vez a beleza do lugar. Não existe nenhum outro espaço mais bonito que a nossa fazenda iluminada com as cores do natal. Nem mesmo a árvore da Lagoa tem o mesmo charme que a nossa Fazenda Colubandê. Os flashes se misturavam com as luzes da fazenda, numa sintonia perfeita.

Como tudo que é bom dura pouco, entra um sujeito desesperado gritando:

– Quem foi que acendeu as luzes da fazenda?

– Eu vi que foi um cara de branco! – Gritou uma menina.

– Cara de branco? – Bom o Saci esta fora de cogitação. Seria o fantasma do padre da capela?

Bom, gostaria de agradecer ao fantasma do padre da capela ou quem quer que tenha feito esse gesto maravilhoso de ligar as luzes da fazenda, fazendo a felicidade de dezenas de famílias que ali se acomodaram para ver esse fantástico show de luzes.

 

Fazenda Colubandê

Alex Wölbert
Alex Wölberthttp://www.reciclaleitores.com.br
Nascido lá do outro lado da poça no bairro da Penha. Criança começou a se interessar por tecnologia e quando não dava curto na casa dos pais, ajudava a vizinhança e familiares consertando um rádio aqui uma TV ali. Formou-se em tecnologia pela UERJ, casou-se com a guerreira niteroiense Aline Lucas e mudou-se de mala e cuia para São Gonçalo com a sua filha Victoria. Apaixonado por história, ação social e principalmente pela cidade de São Gonçalo, começou a escrever crônicas para diversas mídias. Hoje divide seu tempo entre empresário de Tecnologia da Informação e o Projeto Recicla Leitores (www.reciclaleitores.com.br), um projeto de incentivo a leitura que toca junto com a sua família. Alex Wölbert também faz parte do grupo de colunistas que escrevem sobre Patrimônio Leste Fluminense para o Jornal Extra - Mais São Gonçalo.

Levantei cedo, peguei o jornal e meus olhos se encheram de lágrimas com a notícia: as luzes da Fazenda Colubandê se acenderiam às 19 horas.

OBA!!! Tirei da gaveta a minha melhor camisa. Fiz a barba como se me preparasse para um evento de gala. E é mesmo um evento de gala. Para mim, a valorização da história e do nosso patrimônio é mais importante do que qualquer outro evento, desses onde mulheres desfilam com seus saltos altíssimos e seus vestidos de brilho, que ofuscam os olhos de quem vê, e homens passeiam pelo salão com seus ternos de puro linho, como se tivessem o rei na barriga.

Enfim, eu estava lá com a minha família na hora marcada. Marcada não, cheguei meia hora mais cedo para não perder nenhum detalhe do acionamento dos disjuntores até a iluminação por completo.

A hora foi passando e cada vez mais a comunidade do entorno da fazenda chegava. Eram famílias inteiras. Com ouvido atento, me alegrava com cada história contada sobre a beleza e o que a fazenda representava para cada um ali.

Deu meia hora, uma hora e nada do brilho saltar os olhos. Até que ouço de um e de outro que, por determinação da prefeitura, as luzes não iriam se acender. Ué, mas estava no jornal! Será que é pegadinha do malandro gonçalense?

Já estava xingando todas as gerações do prefeito, quando mais que de repente as luzes da capela se acendem! No instinto, olhei para minha filha ,que tinha no rosto um sorriso e o verde do brilho das luzes. Ela olhou pra mim como se dissesse “agora vai”.

Não demorou 5 minutos e as luzes de LED se acenderam, moldando cada detalhe do casarão e da capela.

As famílias se abraçaram, aplaudiram e curtiram de vez a beleza do lugar. Não existe nenhum outro espaço mais bonito que a nossa fazenda iluminada com as cores do natal. Nem mesmo a árvore da Lagoa tem o mesmo charme que a nossa Fazenda Colubandê. Os flashes se misturavam com as luzes da fazenda, numa sintonia perfeita.

Como tudo que é bom dura pouco, entra um sujeito desesperado gritando:

– Quem foi que acendeu as luzes da fazenda?

– Eu vi que foi um cara de branco! – Gritou uma menina.

– Cara de branco? – Bom o Saci esta fora de cogitação. Seria o fantasma do padre da capela?

Bom, gostaria de agradecer ao fantasma do padre da capela ou quem quer que tenha feito esse gesto maravilhoso de ligar as luzes da fazenda, fazendo a felicidade de dezenas de famílias que ali se acomodaram para ver esse fantástico show de luzes.

 

Fazenda Colubandê

Alex Wölbert
Alex Wölberthttp://www.reciclaleitores.com.br
Nascido lá do outro lado da poça no bairro da Penha. Criança começou a se interessar por tecnologia e quando não dava curto na casa dos pais, ajudava a vizinhança e familiares consertando um rádio aqui uma TV ali. Formou-se em tecnologia pela UERJ, casou-se com a guerreira niteroiense Aline Lucas e mudou-se de mala e cuia para São Gonçalo com a sua filha Victoria. Apaixonado por história, ação social e principalmente pela cidade de São Gonçalo, começou a escrever crônicas para diversas mídias. Hoje divide seu tempo entre empresário de Tecnologia da Informação e o Projeto Recicla Leitores (www.reciclaleitores.com.br), um projeto de incentivo a leitura que toca junto com a sua família. Alex Wölbert também faz parte do grupo de colunistas que escrevem sobre Patrimônio Leste Fluminense para o Jornal Extra - Mais São Gonçalo.

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