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Um problema de comunicação: Prefeituras e o Facebook

Um problema de comunicação: Prefeituras e o Facebook

Na última semana, recebemos uma daquelas clássicas perguntas sobre política: “Sim São Gonçalo, quero saber: quem está gostando do atual prefeito Neilton Mulin?” Não foi preciso muito para imaginar que daria no que falar.

De verdade, não temos opiniões muito diferentes da maioria sobre a administração atual. Então, resolvemos fazer o mais óbvio: jogar para todos. Postamos a pergunta e recebemos respostas variadas. Como de costume, a chuva de críticas foi forte. Das mais genéricas às mais específicas. Entretanto, o que mais chamou a atenção foi como as pessoas não tem a menor ideia do que se passa na prefeitura, nem o que faz o prefeito. Aliás, nem nós.

E qual a solução? Uma delas é básica: comunicação.

Site da prefeitura de São Gonçalo
O “difícil” site da prefeitura de São Gonçalo. Estamos na era onde as pessoas estão nas redes sociais.

Quando se fala em mídia, além das rádios e jornais comunitários, temos o jornal O São Gonçalo, nosso “Meia-Hora” local, com obituário na primeira capa e O Fluminense, que batalha para entregar o máximo de notícias do leste fluminense, mas sem o brilhantismo do passado. De uns tempos pra cá, podemos contar com o suplemento local do jornal Extra, que anda dando uma moral pra região. Mesmo assim, todos sofreram com a tecnologia e o avanço da internet.

Mas só um jornal pode comunicar? É lógico que não. As prefeituras devem ter maior participação na vida do cidadão.

Um dos melhores exemplos atuais é o da prefeitura de Curitiba. A capital paranaense abriu uma página no Facebook, desafiando o velho e antiquado jeito da comunicação corporativa, deixando a mensagem leve e divertida. Resultado? Milhares de curitibanos e pessoas de outros estados curtiram a página, recebendo postagens diárias e em tempo real do que está acontecendo na cidade.

Facebook Prefeitura Curitiba

O trabalho já é um case de sucesso. A página de Curitiba, uma cidade cidade com menos de 2 milhões de habitantes, conta com 186 mil curtidas, coisa que o Rio, com seus mais de 6 milhões, não chega nem perto, tendo 105 mil curtidas na rede social. Outro dado importante, salientado pelos administradores da página, foi que a página cresceu organicamente, sem ajuda de propagandas no FacebookAds. Como a prefeitura não tinha cartão corporativo, o trabalho de engajamento foi feito na raça, mostrando que conteúdo encanta as pessoas.

Fica a dica para a prefeitura de São Gonçalo. Se o governo deseja ser entendido e compreendido, é necessário ir até onde as pessoas estão. Achar que ter um site ou enviar notinhas via assessoria pode resolver tudo é ilusão. As pessoas estão nas redes, nas ruas, na vida. O cidadão é o cliente da cidade.

Depois não adianta mandar SMS Spam de Feliz Natal ou Ano Novo. Em 2016, a cafifa eleitoral vai pro “tóra” com cerol fino.

Crédito da foto: Projeto 200

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

Na última semana, recebemos uma daquelas clássicas perguntas sobre política: “Sim São Gonçalo, quero saber: quem está gostando do atual prefeito Neilton Mulin?” Não foi preciso muito para imaginar que daria no que falar.

De verdade, não temos opiniões muito diferentes da maioria sobre a administração atual. Então, resolvemos fazer o mais óbvio: jogar para todos. Postamos a pergunta e recebemos respostas variadas. Como de costume, a chuva de críticas foi forte. Das mais genéricas às mais específicas. Entretanto, o que mais chamou a atenção foi como as pessoas não tem a menor ideia do que se passa na prefeitura, nem o que faz o prefeito. Aliás, nem nós.

E qual a solução? Uma delas é básica: comunicação.

Site da prefeitura de São Gonçalo
O “difícil” site da prefeitura de São Gonçalo. Estamos na era onde as pessoas estão nas redes sociais.

Quando se fala em mídia, além das rádios e jornais comunitários, temos o jornal O São Gonçalo, nosso “Meia-Hora” local, com obituário na primeira capa e O Fluminense, que batalha para entregar o máximo de notícias do leste fluminense, mas sem o brilhantismo do passado. De uns tempos pra cá, podemos contar com o suplemento local do jornal Extra, que anda dando uma moral pra região. Mesmo assim, todos sofreram com a tecnologia e o avanço da internet.

Mas só um jornal pode comunicar? É lógico que não. As prefeituras devem ter maior participação na vida do cidadão.

Um dos melhores exemplos atuais é o da prefeitura de Curitiba. A capital paranaense abriu uma página no Facebook, desafiando o velho e antiquado jeito da comunicação corporativa, deixando a mensagem leve e divertida. Resultado? Milhares de curitibanos e pessoas de outros estados curtiram a página, recebendo postagens diárias e em tempo real do que está acontecendo na cidade.

Facebook Prefeitura Curitiba

O trabalho já é um case de sucesso. A página de Curitiba, uma cidade cidade com menos de 2 milhões de habitantes, conta com 186 mil curtidas, coisa que o Rio, com seus mais de 6 milhões, não chega nem perto, tendo 105 mil curtidas na rede social. Outro dado importante, salientado pelos administradores da página, foi que a página cresceu organicamente, sem ajuda de propagandas no FacebookAds. Como a prefeitura não tinha cartão corporativo, o trabalho de engajamento foi feito na raça, mostrando que conteúdo encanta as pessoas.

Fica a dica para a prefeitura de São Gonçalo. Se o governo deseja ser entendido e compreendido, é necessário ir até onde as pessoas estão. Achar que ter um site ou enviar notinhas via assessoria pode resolver tudo é ilusão. As pessoas estão nas redes, nas ruas, na vida. O cidadão é o cliente da cidade.

Depois não adianta mandar SMS Spam de Feliz Natal ou Ano Novo. Em 2016, a cafifa eleitoral vai pro “tóra” com cerol fino.

Crédito da foto: Projeto 200

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

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