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Virajaba: uma parte da jornada ferroviária de São Gonçalo

A história da estação de Virajaba é um testemunho do desenvolvimento e eventual declínio econômico e, consequentemente, da ferrovia no estado do Rio de Janeiro no início da segunda metade do século XX.

Virajaba: uma parte da jornada ferroviária de São Gonçalo

A história da estação de Virajaba é um testemunho do desenvolvimento e eventual declínio econômico e, consequentemente, da ferrovia no estado do Rio de Janeiro no início da segunda metade do século XX.

A história dos trens em São Gonçalo é uma viagem fascinante pela história ferroviária do estado do Rio de Janeiro. Inaugurada em 25 de novembro de 1888, a estação de Virajaba, originalmente chamada de Rio do Ouro, e também conhecida como Serra, foi um marco importante na E. F. Maricá/Ramal de Cabo Frio.

Lista de Estações Ferroviárias de São Gonçalo
Guia Levi, p. 89 em 1917 (sem mês): Estação Rio d’Ouro já aparece no km 26, posteriormente, estação de Serra e de Virajaba.

Lista de Estações por ordem

  1. Neves (São Gonçalo)
  2. São Gonçalo
  3. Rocha
  4. Mutondo
  5. Alcântara
  6. Olympio
  7. Barracão
  8. Sacramento
  9. Santa Isabel (São Gonçalo)
  10. Rio d’Ouro
  11. Inohan (Inoã)
  12. Maricá
  13. Manuel Ribeiro
  14. Nilo Peçanha
  15. Mato Grosso
  16. Bacaxá (Saquarema)
  17. Ponte dos Leites
  18. Araruama
  19. Iguaba Grande

Este conteúdo é um resumo do site Estações Ferroviárias do Brasil, que contém a história de muitas das ferrovias construídas no Brasil nos séculos XIX e XX, contando a trajetória das que ainda existem e das que já foram desmobilizadas. Em São Gonçalo, por exemplo, hoje são apenas lembranças nos nomes dos bairros, cujos trajetos são estradas de transporte rodoviário.

A E. F. Maricá teve seu primeiro trecho aberto em 1888, ligando as estações de Alcântara e Rio do Ouro. Em 1889, a linha chegou a Itapeba. Somente em 1894, à Maricá. Em 1901, a linha chegou a Manuel Ribeiro. Nilo Peçanha, então Presidente da Província do Rio e também da República, conseguiu a união da linha com a Leopoldina na estação de Neves, construída para esse entroncamento. Do outro lado, prolongou a linha até Iguaba Grande, região dos Lagos.

Em 1912, o capital dos empresários da região acabou e a linha foi vendida à empresa francesa Com. Generale aux Chemins de Fer1. Em 1933, o Governo Federal encampou a ferrovia e a prolongou, em 1936, até Cabo Frio, onde se embarcava sal das salinas das praias. Em 1943, a E. F. Maricá foi passada para a Central do Brasil. Em fins dos anos 1950, passou para a Leopoldina.

Os trens passaram a sair da estação de General Dutra, em Niterói, entrando no ramal em Neves. Em janeiro de 1962, o trecho Maricá – Cabo Frio foi parado. Em 1964, parou também o trecho Virajaba – Maricá. Em 1965, somente seguiam trens de subúrbio ligando Niterói a Virajaba, com o resto do ramal já desativado1. A ferrovia foi finalmente erradicada em 31/01/1961.

Lista de estações de trem e paradas ao longo de São Gonçalo, no início do século XX.
Guia Levi, p. 69 em maio de 1936: Paradas do trem saído de Neves, passando por Sete Pontes, entrando no trajeto que leva ao Lindo Parque e Rocha, atualmente, chegando até Alcântara, rumando à região dos Lagos.
(Fontes: Guias Levi, 1917-1965; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa – acervo R. M. Giesbrecht)

As paradas do trem não eram, necessariamente, estações. Ainda é possível ver algumas em São Gonçalo, plataformas de concreto que permitiam às pessoas tomarem o trem assim que ele parasse. Muitas delas eram bem simples, sem cobertura, nem sinalizações. A seguir, a lista das paradas nas quais o trem que ligava à Região dos Lagos fazia suas pausas (considerando o trajeto Neves – Iguaba Grande):

  1. Rocha
  2. Mutondo
  3. Barracão
  4. Salvatori
  5. Barreto
  6. São José
  7. Buriche
  8. Itapeba
  9. Camburí
  10. Bom Jardim

A estação de Virajaba foi também a estação terminal de um trem de subúrbio que partia de Niterói a partir pelo menos de novembro de 1964 até pelo menos outubro de 1965, quando o restante da linha, para além da estação, já estava desativada1. O prédio ainda existia, bem como uma caixa d’água, e servia como bar e moradia, segundo relatos de 20081.

A história da estação de Virajaba é um testemunho do desenvolvimento e eventual declínio econômico e, consequentemente, da ferrovia no estado do Rio de Janeiro no início da segunda metade do século XX. Embora a estação não esteja mais em operação, nem a ferrovia, tampouco suas estações oficiais, a história continua viva, nos lembrando de um tempo em que os trens eram o principal meio de transporte no Brasil.

Para saber mais sobre outras estações de São Gonçalo, confira o site Mobilidade Fluminense, que também conta com informações sobre os outros trens da cidade.

Fonte: Estações Ferroviárias, criada por Ralph Mennucci Giesbrecht.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

A história dos trens em São Gonçalo é uma viagem fascinante pela história ferroviária do estado do Rio de Janeiro. Inaugurada em 25 de novembro de 1888, a estação de Virajaba, originalmente chamada de Rio do Ouro, e também conhecida como Serra, foi um marco importante na E. F. Maricá/Ramal de Cabo Frio.

Lista de Estações Ferroviárias de São Gonçalo
Guia Levi, p. 89 em 1917 (sem mês): Estação Rio d’Ouro já aparece no km 26, posteriormente, estação de Serra e de Virajaba.

Lista de Estações por ordem

  1. Neves (São Gonçalo)
  2. São Gonçalo
  3. Rocha
  4. Mutondo
  5. Alcântara
  6. Olympio
  7. Barracão
  8. Sacramento
  9. Santa Isabel (São Gonçalo)
  10. Rio d’Ouro
  11. Inohan (Inoã)
  12. Maricá
  13. Manuel Ribeiro
  14. Nilo Peçanha
  15. Mato Grosso
  16. Bacaxá (Saquarema)
  17. Ponte dos Leites
  18. Araruama
  19. Iguaba Grande

Este conteúdo é um resumo do site Estações Ferroviárias do Brasil, que contém a história de muitas das ferrovias construídas no Brasil nos séculos XIX e XX, contando a trajetória das que ainda existem e das que já foram desmobilizadas. Em São Gonçalo, por exemplo, hoje são apenas lembranças nos nomes dos bairros, cujos trajetos são estradas de transporte rodoviário.

A E. F. Maricá teve seu primeiro trecho aberto em 1888, ligando as estações de Alcântara e Rio do Ouro. Em 1889, a linha chegou a Itapeba. Somente em 1894, à Maricá. Em 1901, a linha chegou a Manuel Ribeiro. Nilo Peçanha, então Presidente da Província do Rio e também da República, conseguiu a união da linha com a Leopoldina na estação de Neves, construída para esse entroncamento. Do outro lado, prolongou a linha até Iguaba Grande, região dos Lagos.

Em 1912, o capital dos empresários da região acabou e a linha foi vendida à empresa francesa Com. Generale aux Chemins de Fer1. Em 1933, o Governo Federal encampou a ferrovia e a prolongou, em 1936, até Cabo Frio, onde se embarcava sal das salinas das praias. Em 1943, a E. F. Maricá foi passada para a Central do Brasil. Em fins dos anos 1950, passou para a Leopoldina.

Os trens passaram a sair da estação de General Dutra, em Niterói, entrando no ramal em Neves. Em janeiro de 1962, o trecho Maricá – Cabo Frio foi parado. Em 1964, parou também o trecho Virajaba – Maricá. Em 1965, somente seguiam trens de subúrbio ligando Niterói a Virajaba, com o resto do ramal já desativado1. A ferrovia foi finalmente erradicada em 31/01/1961.

Lista de estações de trem e paradas ao longo de São Gonçalo, no início do século XX.
Guia Levi, p. 69 em maio de 1936: Paradas do trem saído de Neves, passando por Sete Pontes, entrando no trajeto que leva ao Lindo Parque e Rocha, atualmente, chegando até Alcântara, rumando à região dos Lagos.
(Fontes: Guias Levi, 1917-1965; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa – acervo R. M. Giesbrecht)

As paradas do trem não eram, necessariamente, estações. Ainda é possível ver algumas em São Gonçalo, plataformas de concreto que permitiam às pessoas tomarem o trem assim que ele parasse. Muitas delas eram bem simples, sem cobertura, nem sinalizações. A seguir, a lista das paradas nas quais o trem que ligava à Região dos Lagos fazia suas pausas (considerando o trajeto Neves – Iguaba Grande):

  1. Rocha
  2. Mutondo
  3. Barracão
  4. Salvatori
  5. Barreto
  6. São José
  7. Buriche
  8. Itapeba
  9. Camburí
  10. Bom Jardim

A estação de Virajaba foi também a estação terminal de um trem de subúrbio que partia de Niterói a partir pelo menos de novembro de 1964 até pelo menos outubro de 1965, quando o restante da linha, para além da estação, já estava desativada1. O prédio ainda existia, bem como uma caixa d’água, e servia como bar e moradia, segundo relatos de 20081.

A história da estação de Virajaba é um testemunho do desenvolvimento e eventual declínio econômico e, consequentemente, da ferrovia no estado do Rio de Janeiro no início da segunda metade do século XX. Embora a estação não esteja mais em operação, nem a ferrovia, tampouco suas estações oficiais, a história continua viva, nos lembrando de um tempo em que os trens eram o principal meio de transporte no Brasil.

Para saber mais sobre outras estações de São Gonçalo, confira o site Mobilidade Fluminense, que também conta com informações sobre os outros trens da cidade.

Fonte: Estações Ferroviárias, criada por Ralph Mennucci Giesbrecht.

Matheus Graciano
Matheus Gracianohttps://www.matheusgraciano.com.br
Matheus Graciano é o criador do SIM São Gonçalo, onde fez o meio de campo da revista eletrônica de 2012 a 2020. É designer que programa, escreve e planeja. Trabalha na Caffifa Agência e Consultoria Digital.

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