O recesso legislativo terminou e o Governo Temer está mais engajado do que nunca na articulação em favor da aprovação da Reforma da Previdência. Um tema polêmico, cercado de paixões e bravatas. Reformar a previdência é mais do que necessário, então o diálogo deve ser centrado em qual seria a melhor reforma. Você deve achar que Previdência é apenas um debate nacional, né? Muito pelo contrário. Saiba que em São Gonçalo, uma reforma também se faz urgente.
Entre 2013 e 2016, o déficit da previdência municipal, formada apenas pelos servidores efetivos da prefeitura, custou cerca de R$ 134,4 milhões aos cofres públicos. Somente neste ano, a expectativa é de um déficit na casa dos R$ 61,3 milhões. Este valor seria suficiente para pagar o Piso Nacional para cerca de dois mil professores da rede municipal.
O crescimento do rombo é perigosamente astronômico. Entre 2013 e 2016, o crescimento foi de 93,3%, e para este ano o crescimento esperado é de 38,2%. Com uma população cada vez mais envelhecida e com cada vez menos servidores ativos, logo o rombo estará custando boa parte da arrecadação própria da prefeitura.
Reforma da previdência municipal é precisa estar em pauta
Uma reforma da previdência municipal não é só necessária como também urgente. Para manter as contas equilibradas, Nanci prefere aumentar impostos e retirar gratificações de servidores que não possuem plano de carreira, penalizando justamente a camada mais pobre da população gonçalense. Os mais de um milhão de habitantes, financiando a aposentadoria de alguns poucos milhares.
Mais de R$ 60 milhões que poderiam ser investidos em profissionais de educação, em especialistas de saúde ou em agentes de segurança pública, seguem sendo desviados dos cofres públicos por ineficiência na gestão pública dos governos e da falta de visão política para solucionar os problemas que de fato merecem atenção.
Fonte de dados: Prefeitura Municipal de São Gonçalo