Sou gonçalense? Ou não? O que diz a sua identidade?
Bem, você já ouviu a frase “Moro em São Gonçalo, gosto de Niterói, curtimos bailes no Rio, Fazenda somos nós.” E independente da idade, esse funk clássico já adentrou seus ouvidos em algum momento da vida. A letra simples reflete uma realidade que não vem de hoje. Desde quando São Gonçalo perdeu sua caraterística industrial e Niterói decaiu do título de capital do estado do Rio, nossas idas à cidade do Rio só se intensificaram.
Essa semana, republicamos um post que dizia: “SIM, NA IDENTIDADE NITERÓI. NO ENDEREÇO, SÃO GONÇALO.” Após alguns comentários confusos, que interpretaram como uma “renegação” à naturalidade gonçalense, achei por bem falar desse tema que, até hoje, ainda é sensível na cidade: afinal, o que está escrito na sua identidade?
Sou gonçalense nascido em Niterói
Sou um exemplo disso. Por conta das condições hospitalares da cidade nos anos 80, nem sempre as melhores, e do acompanhamento médico do pré-natal, acabei nascendo em Niterói. Nunca morei, nem estudei na cidade vizinha. Ou seja, na prática, sou gonçalense por inteiro. Curiosamente, quando dei entrada no meu passaporte, valeu a cidade. Por sorte, tenho São Gonçalo nesse registro, agora por escrito, para não deixar dúvidas pra ninguém. 🙂
O meu caso é um clássico por aqui. Mas também não posso deixar de falar nas várias pessoas que migraram para cá nos últimos anos. Nesse post com o mapa populacional, fica claro que a explosão demográfica da cidade foi fruto de um forte fluxo migratório nos últimos 80 anos.
Aliás, na última pesquisa que fizemos no SIM São Gonçalo (maio/2016), a quantidade de pessoas que diz “sou gonçalense” é apenas um pouco mais que a metade, mostrando o grande número de pessoas que não nasceram no território mas são gonçalenses de coração.
Por isso, deixa de bobeira. Dá o play e curte o funk aí embaixo. 😉